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HIVE e Stronghold: a corrida para ver quem mais minera bitcoins está acirrada nos EUA

03 ago 2021, 12:14 - atualizado em 03 ago 2021, 12:18
Antes, a dominância do setor de mineração cripto era concentrada na China. Porém, empresas americanas estão aproveitando seu fluxo de caixa para adquirir cada vez mais hardwares e aumentar sua presença no mercado (Imagem: Reuters/Alessandro Bianchi/File Photo)

HIVE Blockchain, empresa de mineração de bitcoin (BTC) listada em bolsa, fez a compra de quatro mil equipamentos da Canaan (CAN), fabricante chinesa de hardwares para a mineração de criptomoedas.

Segundo um anúncio desta terça-feira (3), Canaan afirmou que a taxa operacional de hashes — o poder computacional usado para minerar novos blocos — das quatro mil máquinas é de 272 petahashes por segundo (PH/s).

Canaan não mencionou qual foram os modelos adquiridos pela HIVE nem o valor da compra. A previsão é que as máquinas sejam enviadas à HIVE em dois lotes nos próximos 60 dias — duas mil máquinas em agosto e as outras duas mil em setembro.

Atualmente, a HIVE possui uma taxa operacional de hashes de 295 PH/s. Até agosto, a empresa espera que essa quantidade atinja 1 exahash por segundo (EH/s).

Atualmente, a HIVE gera uma renda diária de US$ 550 mil de suas operações de bitcoin e ether (ETH), compondo uma taxa anual de US$ 200 milhões. A empresa pretende continuar usando o fluxo de caixa para adquriri mais máquinas e aumentar sua receita.

HIVE possui sede em Vancouver, no Canadá, e possui unidades de mineração no país, bem como na Suécia e na Islândia. A empresa abriu capital em 2017 e, atualmente, está listada na Bolsa de Toronto (HIVE), na Nasdaq (HVBT) e na Bolsa de Frankfurt (HBF).

Empresas de mineração cripto fora da China estão investindo cada vez mais em equipamentos para escalar suas operações após a repressão da China em relação ao setor local de mineração.

Espera-se que essas empresas garantam uma maior participação do mercado de mineração no futuro próximo.

Além da HIVE, a Stronghold Digital, mineradora de bitcoin com sede no estado americano da Pensilvânia, irá duplicar sua própria capacidade de energia por meio de um acordo de aquisição durante uma segunda planta do setor.

Em um anúncio também nesta terça-feira (3), a Stronghold anunciou ter comprado a usina Panther Creek, também localizada na Pensilvânia.

Em julho, a empresa já havia anunciado o plano de aquisição em sua proposta de oferta pública inicial (IPO) de US$ 100 milhões.

Porém, uma nova informação divulgada hoje foi que a usina possui uma capacidade de 80 megawatts (MW). No aguardo de aprovações regulatórias, o acordo irá duplicar a capacidade energética da Stronghold para 165 MW.

Stronghold arrecadou mais de US$ 105 milhões via investimento privado este ano em uma tentativa de integrar a mineração de bitcoin ao seu processo de utilização de carvão residual — um subproduto ambientalmente tóxico da mineração de carvão — na geração de energia.

Com base no documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio dos EUA (SEC) pela Stronghold, sua quantidade de máquinas em operação consiste de 1.840 unidades de modelos antigos e novos da Bitmain e Canaan.

Segundo uma análise, a Stronghold possui uma taxa de hashes de 85 PH/s, com um consumo combinado de 4.170 kilowatt/hora (kWh) em sua usina Scrubgrass.

Comparativo de máquinas adquiridas pela Stronghold, sua taxa de processamento (TH/s), consumo elétrico (kWh) e a quantidade de equipamentos.

Com a atual dificuldade de mineração do bitcoin — que determina quão desafiador é para que mineradores solucionem o quebra-cabeças criptográfico necessário para minerar novos blocos —, a Stronghold pode ser capaz de gerar, em teoria, cerca de 0,738 bitcoins a cada 24 horas enquanto consome cerca de 100 mil kWh de energia.

Apresento um custo pelo consumo energético de US$ 0,021 por kWh em seu documento enviado à SEC, ou seja, a margem de lucro bruto pela mineração de bitcoin será de cerca de 93% ao atual preço do bitcoin, próximo aos US$ 38,5 mil.

Enquanto isso, a Stronghold arrecadou US$ 74 milhões via dois empréstimos apoiados pela WhiteHawk Capital Partners (US$ 40 milhões) e por uma afiliada da NYDIG (US$ 34 milhões) para escalar sua quantidade de máquinas, além de sua infraestrutura.

Desde abril, fez o pedido de 27,3 mil máquinas fabricadas pela Bitmain, Canaan e MicroBT a uma taxa combinada de hashes de 2,6 mil PH/s.

“Aproximadamente 93% dessas máquinas de mineração serão entregues em 2021, cuja previsão de entrega do primeiro lote está para agosto de 2021 e os 7% restantes ao longo de 2022”, afirmou a Stronghold.

As primeiras 16 mil unidades serão implementadas em centros de dados da usina Scrubgrass enquanto o restante dos equipamentos estará na usina Panther Creek, bem como em uma terceira usina não divulgada que a Stronghold visa adquirir.

Com sua IPO pendente de US$ 100 milhões, a Stronghold visa encomendar 27,9 mil máquinas de mineração, o que pode impulsionar sua taxa de hashes própria para 3 mil PH/s até o fim do ano e 5,3 mil PH/s até dezembro de 2022.

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