Hidrovias do Brasil (HBSA3) fará aumento de capital de até R$1,5 bi, Ultrapar (UGPA3) vai exercer preferência
O conselho de administração da operadora logística Hidrovias do Brasil (HBSA3) aprovou proposta de aumento de capital de até 1,5 bilhão de reais para viabilizar acesso a novos investimentos, em uma operação em que a Ultrapar (UGPA3) vai exercer direito de preferência.
O aumento de capital se dará com emissão de novas ações em subscrição privada ao preço de 3,40 reais, segundo fato relevante ao mercado publicado pela Hidrovias do Brasil na sexta-feira (2).
A companhia não identificou eventuais investidores que farão a subscrição, mas a Ultrapar, maior acionista da empresa com 36% das ações, afirmou em comunicado separado que vai exercer direito de preferência na aquisição dos papéis.
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A ação da Hidrovias do Brasil encerrou a sexta-feira cotada a 3,49 reais.
A proposta de aumento de capital será levada para aprovação de assembleia extraordinária de acionistas convocada para 1 de outubro, informou a Hidrovias do Brasil.
A Ultrapar comprou participação de fundos na transportadora logística no final de março, quando elevou sua fatia na companhia para 21,87%. Em maio, o presidente-executivo da Ultrapar, Marcos Marinho Lutz, afirmou que a Hidrovias do Brasil é um ativo com grandes oportunidades de mercado.
A companhia criada em 2010 administra atualmente quatro rotas logísticas: Corredor Norte do Brasil, Hidrovia Paraguai-Paraná, rota de cabotagem entre Porto Trombetas e Vila do Conde (PA) e Porto de Santos.
Além da Ultrapar, outros importantes acionistas da Hidrovias do Brasil são as empresas de investimento Tarpon (13,2%), Pátria (10,3%) e Alaska (10,1%), segundo dados de meados de julho disponibilizados pela companhia.
Segundo a Hidrovias do Brasil, os investimentos que pretende executar incluem capacidade adicional no Corredor Norte, “fortalecendo o posicionamento da companhia na região”. Os recursos servirão ainda para redução de endividamento.
Além do aumento de capital, a diretoria da Hidrovias do Brasil aprovou proposta a ser levada para a assembleia que prevê exclusão, do estatuto da empresa, de cláusula de obrigação de realização de oferta pública de aquisição de ações (OPA) por atingimento de participação relevante.
A empresa afirma que a medida tem como objetivo “facilitar o acesso da companhia ao mercado de capitais e evitar entraves à valorização das ações de sua emissão”.
O conselho da Hidrovias do Brasil também aprovou proposta para inclusão no estatuto “de previsão que condiciona a aprovação de operações de fusão, cisão e/ou incorporação com qualquer acionista da companhia e/ou sociedade controlada por este à aprovação da maioria dos demais acionistas presentes em assembleia-geral”. Segundo a diretoria, isso “assegura um maior alinhamento de interesses entre os acionistas da companhia”.