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Itaú BBA revisa preço-alvo de ação do agro de R$ 3 para R$ 5,50; papel já dispara 5%

05 set 2023, 14:25 - atualizado em 05 set 2023, 14:25
HBSA3, Hidrovias do Brasil, Ação do agro, Itaú BBA
Empresa ligada ao agronegócio ainda tem mais potencial de valorização, mesmo após acumular ganhos de 117% desde março. (Imagem: REUTERS/Stephen Eisenhammer)

O Itaú BBA revisou o preço-alvo das ações de empresa inserida na cadeia do agronegócio, pois o papel tem mais desconto que o previsto. Dessa maneira, o novo valor justo da Hidrovias do Brasil (HBSA3) sobe R$ 3 para R$ 5,50 nos próximos 12 meses.

Conforme os analistas Daniel Sasson e Larissa Pérez, a Hidrovias do Brasil negocia com múltiplo atrativo de 5,7 vezes seu valor de firma (EV, na sigla em inglês) sobre o Ebitda esperado para 2024. Antes a dupla enxergava um múltiplo de 7 vezes.



Na esteira da revisão de preço, as ações ordinárias da Hidrovias do Brasil saltavam mais de 5% a R$ 4,36, por volta das 14h. Por isso, a empresa ainda tem potencial de entregar ganhos de 25% nos próximos meses, segundo o Itaú BBA.

Nos últimos 12 meses, a empresa de soluções logísticas para o agronegócio teve valorização de 72% na bolsa brasileira, conforme dados do TradeMap.

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Por que investir na Hidrovias do Brasil (HBSA3)?

Um dos pilares para o otimismo dos analistas com a empresa é o próprio mercado de logística brasileiro em 2024.

Isso porque, previsões do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) apontam que a nova safra de soja brasileira deve totalizar 163 milhões de toneladas, alta de 4% na comparação anual. Fora que a colheita de milho deve somar em torno de 129 milhões de toneladas.

“Essas safras recordes nas lavouras brasileiras devem gerar gargalos logísticos significativos. Desde que recomendamos a Hidrovias do Brasil em março, os papéis já andaram 117%, mas ainda tem espaço para mais com a normalização das operações no Eixo Sul”, destaca o banco em relatório enviado a clientes.

Na prática, isso quer dizer então que a companhia pode aumentar o seu lucro operacional consolidado para R$ 1,1 bilhão em 2024.