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‘Herói’ do PIB, agro deve contrair em 2024, com dúvidas sobre o La Niña, prevê BBA

10 abr 2024, 16:34 - atualizado em 10 abr 2024, 16:34
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A manutenção do La Niña no próximo ano pode resultar em problemas nos EUA, com risco para alta das commodities; como fica o agro?  (Imagem: Reuters/Agustin Marcarian)

Nesta manhã de quarta-feira (10), aconteceu o Macro em Pauta, evento do Itaú BBA, que trouxe discussões sobre o cenário macroeconômico em 2023 e perspectivas para 2024. O PIB (Produto Interno Bruto) foi um dos destaques.

Durante o evento, que foi conduzido pelo economista-chefe do Itaú, Mário Mesquita, ressaltou-se que o PIB do agro, que cresceu expressivos 15,1% em 2023, sendo um dos responsáveis pelo crescimento de 2,4% para o PIB do Brasil, deve recuar 0,4% em 2024.

“A safra foi bem expressiva no ano passado e ainda esperamos bons volumes em 2024. Havia, para este ano, uma expectativa de um El Niño mais forte, que seria baixista para os preços da soja, com maior produção na Argentina e nos Estados Unidos, o que não ocorreu”, explica Mesquita

Vale lembrar que as margens dos produtores foram bastante pressionadas no último ano, em meio à forte queda dos preços das commodities agrícolas no mercado internacional.

O agro em 2025

Para 2025, a dúvida fica sobre a manutenção do La Niña, segundo Julia Gottleb, economista do Itaú BBA.

Atualmente, estamos no período de transição climática, e a expectativa é que o fenômeno se inicie já no fim de junho e começo de julho deste ano.

“Se o fenômeno seguir no ano que vem, veremos uma seca no Sul do Brasil e nos EUA, quadros de excesso de chuva ou seca em áreas de soja e milho. Sendo assim, se o La Niña se estender em 2025, você pode ter efeitos negativos para o plantio no país norte-americano, o que pode impactar os preços de forma positiva. Mas esses fenômenos climáticos são mais difíceis de prever d0 que a atividade econômica”, discorre.

Dessa maneira, apesar da queda de 0,4% esperada pelo BBA para o setor em 2024, os setores da Indústria e Serviços, que devem crescer 1,8% e 2,3%, respectivamente, vão sustentar um avanço de 2% para o PIB do país. Em 2025, a expectativa é que o PIB do agro cresça 3,5%

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