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Hermanos na frente: Mercado Livre é principal escolha do Itaú BBA para e-commerce na América Latina

24 nov 2022, 16:30 - atualizado em 24 nov 2022, 14:45
Mercado Livre
Mercado Livre continua tendo a preferência (Imagem: Shutterstock/Alison Nunes Calazans)

Enquanto no futebol Brasil e Argentina travam uma rivalidade atemporal, é justamente uma ação argentina que continua fazendo a cabeça dos analistas no mercado financeiro.

O Mercado Livre (Meli) conserva seu status de ‘top pick’ do e-commerce, segundo o Itaú BBA. A recomendação de “outperform” (compra) da casa reflete o forte desempenho da empresa no terceiro trimestre do ano, superando suas principais competidoras.

O Meli reportou aumento da lucratividade de suas operações entre julho e setembro, ainda que este esteja condicionado a um aumento de investimentos da empresa e queda das taxas de juros para a fintech Mercado Pago.

O valor justo projetado para o Mercado Livre pelo Itaú BBA é de US$ 1.260/ação para 2023, implicando um potencial crescimento de 31%.

No Brasil, o total de mercadorias vendidas (GMV, na sigla em inglês) na plataforma de e-commerce para 2022 deve atingir R$ 79 bilhões. Para 2023, a previsão é de que esse número chegue a R$ 91 bilhões. O Itaú BBA projeta o Mercado Livre como líder incontestável do segmento de e-commerce do Brasil, detendo praticamente um terço do mercado.

Perspectiva otimista

O desempenho “impecável” do Mercado Livre no último trimestre aumentou a confiança dos analistas sobre a ação nos próximos trimestres. Na avaliação do Itaú BBA, a empresa está bem posicionada para solidificar sua posição como líder do e-commerce na América Latina, ainda que um dos seus segmentos mais importantes, o de crédito, convirja para uma perspectiva mais conservadora.

O Mercado Livre apresentou um lucro por ação (EPS, na sigla em inglês) de US$ 2,56, marca quase 10% acima do que o mercado esperava.

Entre julho e setembro, a receita do Meli totalizou US$ 2,69 bilhões, um crescimento de 44% na comparação anual e 3,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior.  No acumulado do ano, o GMV — métrica que representa o volume bruto de mercadoria negociado — soma US$ 24,8 bilhões, um crescimento de 22% em relação ao ano passado.

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