Hering: UBS rebaixa recomendação para venda e corta preço-alvo
A Hering (HGTX3) deve sair da safra de balanços do quarto trimestre menor. Com base na prévia operacional divulgada em 20 de janeiro, o UBS refez as contas e rebaixou a recomendação para as ações da empresa para venda. O preço-alvo foi cortado de R$ 28 para R$ 25,50 – uma redução de 9%.
A estimativa indica que, nos próximos 12 meses, as ações não vão render nada. Para ser mais preciso, a cifra é 0,6% menor que a cotação de fechamento da terça-feira (18), R$ 25,66.
“Os resultados de vendas do 4T, anunciados em 20 de janeiro, foram muito mais fracos que o esperado”, afirmam Gustavo Piras Oliveira, Gabriela Katayama e Rodrigo Alcântara, que assinam o relatório.
“Ressaca”
O faturamento bruto, por exemplo, caiu 5,2% na comparação com o mesmo período de 2018, para R$ 503 milhões.
O UBS lembra que, na teleconferência com analista em que explicou os resultados prévios, a companhia enfatizou a “ressaca” da Black Friday, realizada no fim de novembro, e a necessidade de antecipar promoções, o que pressionou as margens brutas.
Para chegar ao novo preço-alvo da ação, o UBS reduziu o custo de capital próprio (Ke) de 12,4% para 12,1%, refletindo a queda dos juros no Brasil. A medida adicionou R$ 1 de valor ao papel.
O efeito, contudo, foi mais do que anulado pelo corte de 9,8% no fluxo de caixa livre para o acionista (FCFE, na sigla em inglês).
O menor potencial de distribuição de caixa para os investidores retirou R$ 3,5 de valor de cada ação. Feitas as contas, o preço estimado para o papel ficou em R$ 25,50. O balanço do quarto trimestre e o consolidado de 2020 deve ser divulgado pela Hering em 5 de março.
Veja a íntegra da prévia operacional do 4T19 da Hering.