BusinessTimes

Helio Pio: Fundos de Renda Fixa e Crédito Privado; um papo direto e reto visando 2022

03 jan 2022, 13:19 - atualizado em 03 jan 2022, 13:19
“O ano de 2021, para o mercado de renda fixa e crédito, começou com a Selic em 2% a.a”, diz o colunista  (Imagem: Divulgação/Devant)

Todos vocês já devem ter lido algumas dezenas de relatórios, artigos e informes com retrospectivas sobre 2021 e perspectivas para o próximo ano. Por isso resolvi ser mais pragmático neste artigo, ou como os jovens de hoje em dia preferem dizer, ter um papo direto e reto com os leitores.

O ano de 2021, para o mercado de renda fixa e crédito, começou com a Selic em 2% a.a. Retornos de 120%, 150% ou 200% do CDI não chegavam a merecer a atenção dos investidores. Muitos analistas ou influencers do mercado financeiro afirmavam que adotar o CDI como benchmark de um fundo era algo obsoleto. Mas nós que temos algumas décadas de mercado e já vimos dezenas de circuit breakers na bolsa de valores e fortes estresses no mercado de dívidas e crédito, causados pelas mais diversas crises e fatores exógenos, conseguimos ter algumas “certezas” sobre o que vem pela frente.

O retrovisor do mercado mostra uma Selic que teve um aumento superior a 360% em apenas 11 meses, chegando aos atuais 9,25%, o maior aperto monetário das últimas duas décadas – e com viés de mais altas para as próximas reuniões do COPOM. Enquanto isso, o nosso time de gestão, comandado por Bruno Eiras e David Camacho, ambos com vasta experiência e dedicação exclusiva ao mercado de renda fixa e crédito privado, performou muito acima dos targets nos fundos abertos (Audax, Magna, Solidus e Debêntures Incentivadas, tendo o Devant Magna se destacado como o melhor fundo na categoria em 2021 em muitos comparativos).

Olhando para frente e relembrando os fatos do passado, tudo indica que teremos um ano de 2022 com eleições brasileiras norteadas pela polarização, riscos de possíveis novas variantes do coronavírus, inflação mundial generalizada e com isso, retirada de estímulos econômicos por diversos Bancos Centrais pelo mundo todo. Se estivéssemos em um avião seria prudente ouvir o conselho do comandante: senhores passageiros, apertem os cientes, pois enfrentaremos fortes turbulências nos próximos meses.

Faço essa afirmação sem juízo político. O histórico da democracia brasileira, por si só, nos leva a antecipar possíveis períodos eleitorais duros. Mas 2022 deve ser especialmente difícil, pois com a internet, as fake news, a polarização ideológica e os repiques de pandemia, o mercado certamente viverá fase de alta volatilidade. E é nesse momento que fundos de renda fixa e crédito privado devem ganhar ainda mais espaço nos portfólios de investimentos.

Aumentar a parcela de fundos de renda fixa e crédito privado na carteira faz cada vez mais sentido. Olhando pela ótica da resiliência, inclusive na parcela de crédito estruturado (CRIs com lastro pulverizado), esses ativos já atravessaram algumas crises severas, o que é crucial para a tranquilidade do investidor. Além disso, avaliando pela ótica da performance, constata-se que, historicamente, mesmo em períodos difíceis, todos os nossos produtos financeiros apresentaram rentabilidades superiores aos targets estabelecidos quando eles foram criados.

Por fim, não devemos esquecer que experiência e performance são fatores decisivos para a escolha de produtos capazes de suportar a turbulência e a volatilidade que se desenham no horizonte. Um feliz ano novo para todos nós!