Heineken Brasil pode incomodar Ambev no médio prazo, diz BTG
A compra da Kirin Brasil pela Heineken, já dada como certa há semanas, por R$ 2,2 bilhões (US$ 700 milhões) deve ser capaz de mexer com a dinâmica do mercado brasileiro de cerveja, apontam os analistas do BTG Pactual. Desde que chegou ao Brasil em 2011 ao arrematar a Schincariol por US$ 2,65 bilhões, a empresa não conseguiu se tornar rentável.
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“Considerando vários riscos associados à economia brasileira e à situação estagnada e competitiva nos mercados de cerveja e refrigerantes no país, a Kirin concluiu que há limitações na transformação da Brasil Kirin em um negócio autossustentável e de alta lucratividade”, disse a empresa por meio de nota.
“No curto prazo, a implicação deve trazer um alívio de preço dado que a Brasil Kirin estava muito agressiva. Já no médio e longo prazo, a leitura pode ser negativa pois a Ambev terá que lidar com um competidor mais forte (aproximadamente 20% de participação de mercado)”, apontam os analistas do BTG Pactual em uma análise enviada a clientes.
Segundo o banco, a principal disputa poderá se dar no Nordeste, região em que a marca é mais forte. “Achamos que o mercado vai ignorar esse efeito negativo por hora e focar no alívio de preço no curto prazo”, indica o BTG. As ações da Ambev (ABEV3) operam em leve alta nesta segunda-feira.