“Haverá reciprocidade”, diz Lula sobre tarifaço de Trump
![lula brasil donald trump estados unidos eua](https://www.moneytimes.com.br/uploads/2025/01/lula-brasil-donald-trump-estados-unidos-eua.jpg)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta sexta-feira (14), que haverá uma reação de reciprocidade do governo brasileiro, caso os Estados Unidos adotem medidas contra o país em relação às importações de aço e alumínio.
No início da semana, o presidente Donald Trump, anunciou as novas tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio. A medida vai afetar diretamente as siderúrgicas brasileiras, uma vez que o Brasil é o segundo maior fornecedor de aço para o mercado norte-americano, ficando atrás apenas do Canadá.
“Se taxar o aço brasileiro, nós vamos reagir comercialmente, ou vamos denunciar na Organização do Comércio [OMC], ou vamos taxar os produtos que a gente importa deles”, disse em entrevista à Rádio Clube do Pará. “Se o Trump tiver alguma atitude com o Brasil, haverá reciprocidade”, completou.
- LEIA TAMBÉM: Gerdau, Usiminas ou CSN? Em meio ao anúncio do “tarifaço” do aço nos EUA, BTG diz em qual das siderúrgicas investir
Vale lembrar que, ontem, Trump anunciou a imposição de tarifas de reciprocidade. Ou seja, os EUA irão sobretaxar a todos os países com as mesmas alíquotas cobradas nas exportações americanas.
Lula ainda reforçou que não existe nenhum relacionamento entre ele e Trump e, sim, entre os estados brasileiro e americano.
“Eu ainda não conversei com ele, ele ainda não conversou comigo. Eu espero que os Estados Unidos reconheçam o Brasil como um país muito importante”, afirmou. Ele alegou que a relação entre Brasil e Estados Unidos é equilibrada, sendo que somos o único país do mundo que os americanos têm superávit com relação ao Brasil. “Eles importam de nós U$ 40 bilhões, enquanto nós importamos deles US$ 45 bilhões”, completou.
Segundo o presidente, desde o pós-Segunda Guerra, os Estados Unidos vem se comportando como “patrono da democracia” ou como o “xerife do planeta terra”. No entanto, ele destaca que isso o preocupa, uma vez que o discurso do país mudou após a eleição de Trump.