Educação

Harvard avalia reduzir número de estudantes em salas de aula

06 jun 2020, 15:02 - atualizado em 03 jun 2020, 12:28
É provável que a universidade também cancele alguns esportes de outono (Imagem: Victor J. Blue/Bloomberg)

A Universidade Harvard estuda uma série de opções – desde a higienização das salas de aula após cada classe até a redução do número de alunos presentes – para lidar com a pandemia de coronavírus quando for reaberta, disse o presidente da instituição, Lawrence Bacow.

É provável que a universidade também cancele alguns esportes de outono, disse, e está adiando a decisão de retomar as aulas no campus o maior tempo possível.

“Muitas coisas serão diferentes quando os alunos voltarem”, disse Bacow na terça-feira em entrevista à Bloomberg Television. “A disponibilidade das salas de aula será um desafio.”

A universidade localizada em Cambridge, Massachusetts, não ficou imune ao impacto econômico da pandemia de coronavírus. No mês passado, a Harvard previu um déficit de quase US$ 1,2 bilhão no ano fiscal que termina em 30 de junho e no que começa em 1º de julho.

A decisão sobre o retorno dos alunos ao campus não é apenas sobre o tipo de conteúdo que receberão. Entre as questões, está a preparação do campus para que alunos que se contagiem com o vírus possam ser isolados.

Na entrevista, Bacow disse que “a experiência on-line funcionou melhor do que a maioria de nós esperava”, embora tenha destacado que esteve “longe de ser perfeita.”

O presidente da Harvard também disse que é provável que algumas faculdades permitam que estudantes participem em regime de meio período e, como resultado, proporcionalmente a taxa de matrícula será reduzida.

Bacow, de 68 anos, anunciou em março que ele e a esposa estavam com o vírus. Eles já se recuperaram.

A universidade da Ivy League não aceitou recursos do pacote de estímulo federal disponível depois de uma série de críticas, inclusive do presidente dos EUA, Donald Trump. Harvard era elegível para receber cerca de US$ 8,7 milhões com base em uma fórmula federal. Outras instituições ricas também anunciaram que não aceitariam o dinheiro, como as universidades de Stanford, Princeton e Yale.

Em março, a Harvard disse que está bem posicionada para enfrentar a recessão e a interrupção das operações, em grande parte devido ao planejamento de longo prazo do responsável por dotações, N.P. “Narv” Narvekar. O fundo de dotação perdeu 27% do valor na última crise e estava avaliado em US$ 40,9 bilhões em junho de 2019, o dado mais recente disponível.

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