Harmonização de Bolsonaro: Ex-presidente ‘dá de ombros’ aos escândalos e faz procedimento de R$ 84 mil

Na última semana Brasília pegava fogo, com o nome de Jair Bolsonaro (PL) sendo dito aos quatro cantos. Apesar disso, naquele momento, o ex-presidente se ocupava cuidando da própria aparência. Bolsonaro realizou uma harmonização em seus dentes e no rosto.

A coluna Veja Gente informou que o dentista Rildo Lasmar, responsável pelo tratamento, disse que cada um dos dentes de Bolsonaro custa, em média, R$ 3 mil. Segundo a revista, Bolsonaro fez o procedimento em seus 28 dentes, o que dá um valor de R$ 84 mil.

“Ele me procurou dia 5 de julho, quando iniciamos o tratamento, e a última consulta foi na sexta-feira passada, 18 de agosto, quando lhe dei alta”, disse Lasmar.

Bolsonaro, no entanto, disse a uma apoiadora, em um voo de Brasília a São Paulo nesta quarta (23), que não pagou pela harmonização. A cena foi acompanhada pelo Estadão/Broadcast.

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Em meio a harmonização de Bolsonaro

Um dia antes de Bolsonaro receber alta, o hacker Walter Delgatti foi à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) falar sobre os atos antidemocráticos que aconteceram no dia 8 de janeiro.

De acordo com o depoimento de Delgatti, Bolsonaro teria lhe oferecido um indulto, em troca de colocar em dúvida a lisura das urnas eletrônicas nas eleições de 2022 e de assumir a autoria de um grampo telefônico contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

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Além disso, no mesmo dia em que Bolsonaro recebeu alta, a Veja também havia noticiado que o ex-presidente tinha o tenente-coronel Mauro Cid como ajudante de ordens. Neste posto, ele ficou por quatro anos, tendo acesso ao dia a dia do Governo.

A publicação informou ainda que Cid falsificou os cartões de vacinação dele mesmo, da própria família e de Bolsonaro. Após isso, o militar foi preso e está há três meses em uma cela do Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília.

O telefone de Cid foi apreendido com autorização judicial e nele também foi encontrado o roteiro de um plano golpista para anular o resultado das eleições de 2022.

Bolsonaro recebeu R$ 17,2 milhões

Vale lembrar que, no fim de julho, o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostrou que na conta de Bolsonaro constava o recebimento de R$ 17,2 milhões via PIX nos primeiros seis meses de 2023.

De acordo com a publicação feita pela Folha de S. Paulo, segundo o Coaf, as transações foram realizadas por apoiadores, com o objetivo de ajudar o ex-presidente no pagamento de multas à justiça.

Ao todo, foram 769 mil transações e um dos maiores valores divulgados pelo conselho foi do bilionário e herdeiro do grupo Votorantim, Marco Ermírio de Moraes, que enviou R$ 10 mil.