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Hapvida (HAPV3) vai elevar preços para absorver impacto de busca de clientes por proteção da Justiça

13 nov 2024, 12:05 - atualizado em 13 nov 2024, 12:05
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Pedidos de inclusão de cobertura para medicamentos e tratamentos experimentais saíram de 5,7 mil em 2020 para 8 mil este ano. (Imagem: Divulgação)

A operadora de planos de saúde Hapvida (HAPV3) reclamou nesta quarta-feira do que chamou de “aumento expressivo” na busca de clientes do setor por proteção da Justiça e afirmou que vai elevar valores em todas as tabelas de preços para absorver os impactos.

“Estamos repensando o modelo de precificação para absorver com eficiência a judicialização”, disse o presidente-executivco da Hapvida, Jorge Fontoura Pinheiro Koren de Lima, em conferência com analistas após a publicação de resultados de terceiro trimestre do grupo na noite da véspera, que trouxeram crescimento de 24% no lucro do período sobre um ano antes.

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“A judicialização aumentou de forma expressiva nos últimos 12 a 24 meses”, disse o executivo, citando aumento de 1,5 ponto percentual nos preços da empresa em novas vendas e outros itens não regulados e afirmando que “más práticas têm prejudicado o setor como um todo”.

Segundo ele, o reajuste planejado para 2025 pela empresa, mesmo com o incremento de 1,5 ponto percentual, “vai ser inferior ao reajuste implantado no ano passado”.

Queixas da empresa

Entre os exemplos da queixa da empresa e do setor, segundo o executivo, estão clientes dos planos de saúde que recorrem à Justiça para que seus planos cubram novos tratamentos experimentais e fora de períodos de carência.

No terceiro trimestre, a Hapvida fez uma provisão de cerca de 150 milhões de reais, somando um total ao final de setembro de 753 milhões.

O diretor financeiro da Hapvida, Luccas Adib, afirmou que a empresa passou a acompanhar a judicialização “diariamente” e que a empresa tem tomado medidas que incluem realizar acordos com os clientes antes que as demandas cheguem à Justiça, o que elimina para a empresa necessidade de constituição de provisões que incluem desembolsos para “danos morais e sucumbência”.

“Deve haver um maior controle disso (provisões) nos próximos trimestres após as nossas ações”, disse Adib, citando ainda aumento de coparticipação nos contratos para que empresa lide melhor com pedidos de clientes por itens fora do que a companhia considera como sendo de sua cobertura.

A empresa, que afirma ser a maior operadora de planos de saúde do país, apresentou gráfico citando que casos novos na Justiça do Brasil envolvendo discussões sobre tratamento médico-hospitalar somaram 36,5 mil em 2024 até o momento, após 44,8 mil em 2023 e 33,9 mil em 2022. Em 2020 os novos casos eram de 18,1 mil, segundo a Hapvida.

Já os pedidos de inclusão de cobertura para medicamentos e tratamentos experimentais saíram de 5,7 mil em 2020 para 8 mil este ano, após pico de 10,4 mil em 2023.

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reuters@moneytimes.com.br
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