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Hapvida: Os dois fatores que impulsionam o salto de mais de 7% das ações HAPV3

30 jan 2025, 15:55 - atualizado em 30 jan 2025, 18:41
hapvida
Os papéis subiram mais de 6% na máxima do dia com alívio na curva de juros após decisão do Copom e revisão positiva do Goldman Sachs (Imagem: Freepik/Divulgação - Montagem: Julia Shikota)

As ações da Hapvida (HAPV3) operaram entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV) nesta quinta-feira (30). 

HAPV3 fechou a sessão com avanço de 6,99%, a R$ 2,45. Na máxima do dia, o salto foi de 7,62%. Acompanhe o Tempo Real. 



A forte alta acompanha o apetite ao risco dos investidores após o Banco Central seguir o guidance na decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar os juros para 13,25% — sem surpresas

O salto dos papéis também é impulsionado pela revisão positiva da companhia pelo Goldman Sachs

Mesmo com os altos níveis de judicialização no setor de saúde, o banco avalia que a empresa continua com um valuation atraente — o que compensa a expectativa de resultados mais fracos do que o esperado no quarto trimestre de 2024 (4T24) em questões operacionais, judicialização e discussões regulatórias. 

Com isso, o Goldman Sachs reiterou a recomendação de compra das ações HAPV3, com preço-alvo de R$ 4,30 — o que representa um potencial de valorização de 87,8% sobre o fechamento na última quarta-feira (29). 

“Estimamos que a Hapvida gerará um dos maiores rendimentos de fluxo de caixa livre (FCL) — de aproximadamente 10,5% — em nossa cobertura, o que consideramos particularmente relevante para empresas de saúde em 2025, em meio ao aumento das taxas de juros no Brasil”, escreveram os analistas Gustavo Miele e Emerson Vieira. 

O que esperar de Hapvida no 4T24? 

Para os analistas do Goldman Sachs, o balanço do 4T24 será menos impactado por processos judiciais em comparação ao terceiro trimestre do ano passado devido à sazonalidade de fim de ano. 

Sendo assim, eles esperam níveis semelhantes de novos depósitos judiciais cíveis. 

Já na frente operacional, a expectativa é de aumento moderado de beneficiários, de cerca de 6 mil, na comparação trimestre a trimestre, “principalmente devido ao ambiente altamente competitivo”. Em 2024, os analistas projetam a adição de 136 mil beneficiários.

O índice de custo médio (MLR, na sigla em inglês) deve melhorar, com queda de 250 pontos-base, beneficiado positivamente também pela sazonalidade. Contudo, o MLR ainda deve ser menor em relação à média histórica de 350 pontos-base nos últimos cinco anos. 

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado deve somar R$ 1,049 milhão no período entre setembro e dezembro de 2024, um crescimento de 10% em relação ao mesmo período de 2023. 

A companhia divulga o balanço em 20 de março. 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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