Hapvida deve sair mais forte da crise, avalia BTG
A Hapvida (HAPV3) continua atualizando o mercado sobre as medidas que vem implementando contra a covid-19. A companhia informou na última sexta-feira (10) que abriu 500 vagas para enfermeiros e técnicos de enfermagem com o intuito de reforçar sua equipe de trabalho e criou um plano de expansão para aumentar a capacidade hospitalar.
A empresa também reportou os números mais recentes da doença em suas unidades. Foram confirmados na quinta-feira (9) 334 casos e 19 mortes, com 91 pacientes hospitalizados e 52 em leitos de UTI. Isso soma, de acordo com o BTG Pactual (BPAC11), 444 casos confirmados e 29 óbitos.
“Com quedas sequenciais no uso de enfermagem e leitos de UTI nos últimos dias, a eficiência da Hapvida conseguiu estabilizar o número de hospitalizações”, destacaram Samuel Alves e Yan Cesquim, analistas do banco.
A companhia, que conta com mais de 2,6 mil leitos, está conseguindo atender a sua base de clientes. O plano de expansão adicionará mais 1,5 mil camas de hospital.
Estabilidade
O fluxo de caixa da Hapvida continua estável, embora o BTG alerte para os possíveis impactos da deterioração abrupta do mercado de trabalho.
Segundo Alves e Cesquim, a Hapvida possui grande exposição aos segmentos individual e de pequenas e médias empresas, fator que deve pressionar os negócios da companhia.
Uma perspectiva mais otimista
Mesmo com a falta de visibilidade, o BTG acredita que as empresas listadas do segmento, como a Hapvida, sairão da pandemia mais fortes, com maior vantagem competitiva. Já as empresas menos capitalizadas poderão sofrer bastante nesta crise.
Dessa maneira, a Hapvida permanece como top pick do banco. A recomendação para o papel é de compra, com preço-alvo de R$ 74.