Economia

Haddad tem a receita da ‘harmonia perfeita’ para o crescimento econômico; entenda

20 jul 2023, 13:37 - atualizado em 20 jul 2023, 13:47
Haddad
Plano da agenda de reformas econômicas é harmonizar a microeconomia com a macro, diz Haddad (Imagem: Flickr/Ministério da Fazenda/Diogo Zacarias)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na apresentação da agenda de reformas econômicas, nesta quinta-feira (20), que o Governo quer fazer, a todo custo, as medidas propostas avançarem. Segundo ele, aquelas já aprovadas no Congresso ajudam a melhorar a perspectiva para a economia brasileira.

Haddad alertou ainda que, se o Governo não endereçar as reformas e fizer o país crescer, as tensões voltarão a se acirrar. Ele afirma que o plano da agenda é “harmonizar a microeconomia com a macroeconomia”.

“Tem as grandes reformas que precisam ser feitas e há também questões que não são secundárias e precisam de atenção”, ressaltou.

O secretário de Reformas Econômicas da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, inclusive, destacou que é preciso tratar de uma série de pequenos problemas na economia para elevar a produtividade. “Não vamos ganhar o jogo do crescimento econômico só mexendo no macroeconômico. A gente precisa fazer uma série de pequenas reformas”, disse.

Segundo o secretário, os 17 temas selecionados pelo governo serão discutidos com entidades do mercado e regulatórias ao longo dos próximos meses, para, em 2024, começarem a ser transformados em projetos de lei a serem votados e implementados.

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A agenda de reformas econômicas

A agenda de reforma econômica é divida em medidas de tributação, seguros e previdência, mercado de capitais e crédito. Segundo o secretário Barbosa Pinto, a ideia é mostrar que a agenda de crédito no Brasil não fica limitada ao sistema bancário, com oportunidades nos mercados de capitais e de seguros e previdência.

Do lado de tributação, a reforma prevê melhoria na tributação de ETFs e facilitação da realização de operações de hedge no exterior. Além disso, planeja a retirada de entraves a investimentos de não residentes ao mercado brasileiro.

Já em crédito, as medidas visam aprimorar e modernizar o mercado de crédito, ampliando o acesso a opções de crédito mais baratas.

No mercado de capitais, a ideia é aumentar a eficiência dos instrumentos, ao simplificar o acesso a essa forma de financiamento. Barbosa Pinto, inclusive, afirmou que é preciso incluir mais empresas de médio e grande porte no mercado para que o segmento concorra com o setor bancário no que diz respeito à oferta de crédito — o que, segundo ele, ajudaria a reduzir os spreads no mercado.

E, por fim, no mercado de seguros e de previdência privada, as medidas buscam o avanço na agenda de aprimoramento e desburocratização dos instrumentos regulatórios. “É onde temos mais oportunidades”, disse Barbosa Pinto, que citou como objetivo “tirar as amarras” que fazem com que investimentos desse setor sejam direcionados principalmente para títulos públicos.

*Com informações da Reuters