Mercados

Haddad apoia disparada do Ibovespa (IBOV) nesta terça (6); ministro quer ver Brasil crescer 2% em 2024

06 fev 2024, 12:18 - atualizado em 06 fev 2024, 12:22
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Mercado respira aliviado com a serenidade de Haddad ao reconhecer os desafios da economia brasileira em evento do BTG Pactual (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (6) que não vê razão para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro crescer menos de 2% em 2024. “Tem gente séria, que sabe fazer conta, falando até em 2,5%”, afirmou.

A projeção dos economistas ouvidos pelo Banco Central para o PIB, no entanto, é de 1,60% para este ano. Segundo o Relatório Focus, o número só deve alcançar a casa dos 2% em 2025, e seguir igual entre 2026 e 2027.

Em painel no evento CEO Conference, do BTG Pactual, o ministro afirmou que a economia deve “surpreender positivamente” este ano, mas que o resultado fiscal do país depende do Congresso Nacional.

Além disso, Haddad reiterou que esse otimismo com a economia depende da política, mas ponderou que o Congresso está disposto a ouvir o governo. “[A política] tem que funcionar para alcançarmos nossos objetivos”, disse.

A fala vem em um contexto de resistência de parlamentares a propostas que visam aumentar a arrecadação. O ministro afirmou que a medida provisória da reoneração da folha salarial de 17 setores da economia, por exemplo, não é desrespeito ao Congresso — que havia derrubado veto à prorrogação do benefício –, mas atende a determinação do Tribunal de Contas da União e a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Sobre arrecadação, Haddad ainda destacou que janeiro deste ano foi “muito surpreendente”. Já sobre os gastos públicos, afirmou que a revisão de alguns programas é um dos planos que o ministério vai liderar em 2024.

Haddad faz mercado respirar aliviado

No pregão de hoje, o Ibovespa (IBOV) opera em alta e volta a buscar os 130 mil pontos. Às 12h00, o principal índice da Bolsa brasileira salta 1,66%, a 129.707 pontos.

O mercado parece respirar aliviado com a tranquilidade e serenidade de Haddad ao reconhecer os desafios da economia brasileira.

Segundo o CEO e economista da Arton Advisors, Bernardo Assumpção, o ministro não fez falsas promessas no discurso, nem apelou ao “tempero populista que tanto assustou os agentes econômicos no passado”.

Assumpção afirma que a missão do ministro não é fácil, mas que tem surpreendido os mais céticos ao conduzir uma agenda em busca de disciplina fiscal e de boa interlocução com o mercado e com o Congresso Nacional.

“Se o Brasil é um barco que não pode tombar, o Banco Central atua como a âncora e o Ministro Haddad como timoneiro. O problema é que o mar é revolto e os ventos mudam de direção o tempo todo. Portanto, é fundamental não ceder às pressões políticas e manter a firmeza e a disciplina”, disse.

*Com informações da Reuters

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