Haddad quer esperar nova diretoria da Petrobras (PETR4) para definir imposto sobre combustíveis
O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterou seu pedido para Paulo Guedes se abster de tomar qualquer medida que venha impactar o próximo governo, se referindo à política de tributação dos combustíveis.
O pronunciamento ocorreu nesta quarta-feira (28) em coletiva de imprensa no CCBB, na qual Haddad anunciou a nova Assessora Especial Jurídica e a nova Secretária de Assuntos Internacionais da sua gestão.
“Pedi para o governo atual se abster de tomar medidas que impactassem o próximo governo, para que a gente esteja em janeiro com a nova diretoria da Petrobras (PETR4) e definir, junto ao presidente Lula, uma política para o setor”, afirmou.
Na noite anterior, Haddad telefonou para Guedes e solicitou essa abstenção, em meio à possibilidade de o atual governo prorrogar a desoneração dos combustíveis.
O que esperar dos combustíveis?
A isenção de impostos sobre os combustíveis deve se encerrar no próximo sábado, dia 31 de dezembro, e o preço do produto deve ter uma alta imediata a partir de 1° de janeiro de 2023.
Segundo cálculos do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), citados pelo portal G1, a volta da cobrança de PIS e Cofins pode representar um aumento de 14% sobre o preço médio de R$ 4,93 encontrado nos postos brasileiros na semana de 18 a 24 de dezembro, calculado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).
O aumento para o etanol pode chegar a um reajuste de quase 7% sobre o preço médio de R$ 3,81 apurado pela ANP na semana passada, conforme o cálculo do CBIE.
Já sobre o diesel, a volta dos impostos elevaria seu preço em R$ 0,33 por litro – uma alta de 5% sobre os R$ 6,81 por litro divulgado pela ANP.
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