Teto de gastos

Haddad promete regra fiscal em quatro semanas; veja íntegra do discurso de posse

02 jan 2023, 15:08 - atualizado em 02 jan 2023, 15:08
Haddad
Fernando Haddad tomou posse nesta segunda como ministro da Fazenda (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Ao tomar posse nesta segunda-feira (2) do Ministério da Fazenda, Fernando Haddad reafirmou o compromisso de enviar ao Congresso Nacional no primeiro semestre a proposta de um novo arcabouço fiscal, em substituição ao teto de gastos.

“Não estamos aqui para aventuras. Estamos aqui para assegurar que o país volte a crescer para suprir as necessidades da população naquilo que são seus direitos constitucionais em saúde, educação, no âmbito social e, ao mesmo tempo, para garantir equilíbrio e sustentabilidade fiscal”, disse.

Haddad procurou responder às principais preocupações do mercado financeiro em seu discurso. “Um Estado forte não é um Estado grande, um Estado obeso. É um Estado atuante”, afirmou. “Não somos dogmáticos, somos pragmáticos, queremos resultados, mas seguimos princípios e valores.”

O futuro ministro ainda disse que espera reduzir o impacto negativo nas contas públicas. “Não aceitaremos um resultado primário que não seja melhor do que os absurdos R$ 220 bilhões de déficit previstos no Orçamento para 2023”, disse.

Além dos efeitos da PEC da transição, Haddad afirmou que o aumento do rombo fiscal em 2023 também estaria relacionado com medidas eleitoreiras adotadas pela gestão Jair Bolsonaro.

“Com objetivo exclusivamente eleitoreiro, acabaram com filtros de seleção de beneficiários dos programas de transferência de renda, comprometendo a austeridade desses programas. Recentemente, aliás, confessaram o ato, nos pedindo a retirada de dois milhões e meio de pessoas que eles incluíram indevidamente no cadastro do Bolsa Família”, afirmou.

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Veja a íntegra do discurso de Haddad