Haddad pode salvar Ibovespa de risco de crise de falência nos Estados Unidos?
O Ibovespa operava sem força nesta segunda-feira (13) diante dos riscos externos provocados pelo contágio do sistema bancário por conta do colapso do Silicon Valley Bank (SVB), na semana passada. Por volta das 12h56, o índice caia 0,25%, a 103.348 pontos. Em Wall Street:
Nos Estados Unidos, o Fed, o Banco Central dos Estados Unidos, e outros reguladores americanos garantiram que clientes do banco SVB terão acesso integral a seus depósitos, além de anunciar um programa de emergência para evitar que a quebra do SVB, a maior nos EUA desde 2008, se transforme numa crise sistêmica.
O SVB entrou em colapso após uma onda de saques em contas de startups de tecnologia forçar o banco a vender todo o seu balanço de títulos de dívida para levantar capital.
Segundo a XP, apesar das medidas implementadas pelos reguladores, o mercado segue preocupado com o risco sistêmico e de liquidez no sistema bancário.
“O que, aparentemente, sustenta os mercados norte-americanos é a percepção de que mesmo se a inflação ao consumidor (CPI) vier mais forte que o esperado nesta semana, o Fed avaliará os riscos à economia e efetuar um ajuste de “apenas” 0,25 pp –não mais o 0,50 pp que haviam virado aposta majoritária”, discorre a Ágora Investimentos.
Haddad pode decidir rumo do Ibovespa?
Por aqui, os investidores acompanham com lupa o novo arcabouço fiscal, que deverá ser entregue nesta semana. Fernando Haddad, ministro da Fazenda, disse que já começou a ter conversas com técnicos do governo, incluindo o Banco Central, e economistas do meio acadêmico, para apresentar o novo arcabouço fiscal.
“Haddad evitou dar detalhes sobre as medidas, mas adiantou que uma das ideias já descartadas é a criação de uma meta para a dívida pública. Nesta semana, Haddad apresentará o novo arcabouço fiscal a Lula”, destaca a equipe da Ajax Asset.
A Ágora destaca também que ao longo dos próximos dias, qualquer notícia sobre o novo arcabouço fiscal será motivo para maior volatilidade por aqui –nesse sentido Haddad, indicou que a âncora de gastos será uma “combinação virtuosa” de mecanismos para acompanhar contas públicas.