Economia

Haddad diz que Brasil pode chegar ao ‘grau de investimento’ em 2026

14 out 2024, 10:49 - atualizado em 14 out 2024, 10:50
Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (14) que o Brasil está próximo de chegar ao "grau de investimento". (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (14) que o Brasil está próximo de chegar ao “grau de investimento” pela Moody’s. “Estamos em uma rota para chegar ao grau de investimento em 2026”, avaliou o político.

Durante sua participação no evento Macro Day, do Itaú BBA, Haddad ainda lembrou que, desde que o atual governo assumiu, em 2022, o Brasil vem recebendo atualizações das agências de avaliação de risco.

No início de outubro, Moody’s elevou o rating do Brasil de Ba2 para Ba1 e a classificação de títulos seniores sem garantia de (P) Ba2 para (P) Ba1, com uma perspectiva positiva. A última vez que a agência de risco havia alterado foi em maio, quando a perspectiva da nota de crédito do Brasil subiu de estável para positiva.

Vale lembrar que o único período em que o país obteve selo de bom pagador foi entre os anos 2008 e 2015.

No evento, o ministro também frisou que o governo deve elevar mais uma vez a projeção do crescimento econômico do Brasil ainda este isso. Em setembro, o Ministério da Fazenda ampliou as estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5% para 3,2%.

Sobre inflação, Haddad disse que é possível que fique dentro da banda de tolerância da meta, mas ressaltou os problemas com a falta d’água, o desastre no Rio Grande do Sul e demais ‘choques’. “Mesmo come esses problemas, estamos discutindo se a meta esta dentro do teto ou não”.

A reforma do Imposto de Renda também foi pauta durante a participação do ministro. Porém, sobre isso, Haddad disse que precisará de mais tempo para estudar as propostas por entender que é um assunto não pode prejudicar as pessoas.

No evento, o ministro classificou como “irracional” o fato de o Tesouro Nacional estar pagando uma taxa real de 6,5% a 7% para remunerar investidores que aplicam nos títulos da dívida pública.

Ele argumentou que o país está com um déficit fiscal muito menor do que antes, retirando impulso fiscal da economia, e tem uma inflação “relativamente comportada”.

*Com informações da Reuters

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