Política

Haddad descarta recessão e culpa governo Bolsonaro por queda do PIB no 4o tri

02 mar 2023, 18:10 - atualizado em 02 mar 2023, 18:17
Fernando Haddad
“E isso trouxe consequências para todos nós”, disse Haddad, acrescentando que o cenário levou o BC a tomar decisão muito drástica de levar os juros a patamar elevado para reduzir a inflação (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira não trabalhar com a possibilidade de recessão econômica e afirmou que a retração do PIB verificada no último trimestre de 2022 é um reflexo da alta dos juros promovida pelo Banco Central em reação a medidas tomadas pelo governo anterior no período eleitoral.

“Todo o desafio do Ministério da Fazenda, da área econômica, é reverter esse quadro e promover uma curva ascendente do crescimento do PIB. Neste momento, ela está descendente”, afirmou Haddad a jornalistas na portaria do ministério.

  • Entre para o Telegram do Money Times!
    Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo. Clique aqui e faça parte!

Ele disse que não trabalha com a perspectiva de uma recessão, que pode ser caracterizada por dois trimestres consecutivos de retração da atividade. “Mas evidentemente a manutenção das taxas nesse patamar enseja…uma desaceleração da economia”, acrescentou.

Os comentários vieram depois de o IBGE ter informado mais cedo que o Produto Interno Bruto (PIB) do país encolheu 0,2% no quarto trimestre de 2022 sobre o trimestre imediatamente anterior, mas acumulou no ano uma alta de 2,9%.

Mais tarde, o ministro voltou a comentar o desempenho do PIB, reiterando que o quadro desfavorável ao governo passado nas eleições levou a administração a tentar reverter a situação “de forma desesperada”.

“E isso trouxe consequências para todos nós”, disse Haddad, acrescentando que o cenário levou o BC a tomar decisão muito drástica de levar os juros a patamar elevado para reduzir a inflação.

“Temos que harmonizar, como eu sempre digo, a política fiscal e a política monetária, para que o Brasil não desacelere, mas, pelo contrário, retome as suas atividades econômicas com preocupação com o crédito e o investimento, que é isso o que nós estamos buscando. Não é só abaixar os juros, é fazer o que estamos fazendo.”

Questionado sobre a política de preços para os combustíveis, Haddad disse que o tema está sendo tratado pelo Ministério de Minas e Energia e que a ideia é “encontrar alternativas para que não pese no bolso do consumidor as eventuais variações de preço internacional que penalizaram muito o consumidor no último governo”.

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
reuters@moneytimes.com.br
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar