Haddad cancela compromisso de campanha no feriado de 7 de Setembro após relato de ameaças
O candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, cancelou por motivos de segurança uma agenda que teria na manhã de quarta-feira em Presidente Prudente após sua equipe ter tomado conhecimento de mensagens em grupos de WhatsApp na região com “ameaças explícitas” à passagem do petista pela cidade, informou a campanha.
Segundo a equipe do ex-prefeito, as ameaças incluíam impedir que o avião de Haddad pousasse na cidade e atrapalhar que o candidato e seus assessores saíssem do aeroporto e chegassem até a TV Fronteira, uma afiliada da Rede Globo, onde ele concederia entrevista como parte de uma rodada de sabatinas com candidatos.
“Diante das ameaças, que colocavam em risco inclusive a integridade da equipe, a coordenação optou por declinar do convite da emissora, mas se colocou à disposição para encontrar uma solução desde que a segurança do candidato esteja garantida”, informou a campanha em nota.
“A coordenação da campanha majoritária enviou ofício ao 18º Batalhão da PM de Presidente Prudente solicitando providências e lavrou boletim de ocorrência junto à Polícia Civil”, acrescentou.
Haddad tem liderado as pesquisas de intenção de voto ao Palácio dos Bandeirantes. Ele foi prefeito da capital paulista, ministro da Educação e candidato do PT ao Palácio do Planalto em 2018, ocasião em que substituiu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando este foi barrado pela Lei da Ficha Limpa, e acabou sendo derrotado pelo presidente Jair Bolsonaro.
A campanha eleitoral deste ano tem sido marcada por tensões e preocupações de segurança, principalmente após o assassinato a tiros em julho de um militante petista e apoiador do ex-presidente e atual candidato Lula por um apoiador do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).
Recentemente, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes ordenou, a pedido da Polícia Federal, a prisão temporária em Belo Horizonte de um homem que defendeu em redes sociais que Lula e o deputado Marcelo Freixo (PSB), candidato ao governo do Rio de Janeiro, além de ministros do próprio Supremo, fossem “caçados”.
Mesmo antes, Lula já vinha aumentando as precauções com sua segurança, com uso de colete à prova de balas em alguns eventos.
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