Hackers exigem US$ 3 milhões para liberarem dados sobre COVID-19 de universidade
Pesquisadores da Universidade da Califórnia, São Francisco (UCSF), descobriram que seus dados de bioestatísticas estavam inacessíveis no dia 5 de junho.
Nesses dados, há pesquisas sobre a COVID-19. Hackers haviam derrubado seus servidores e exigiram US$ 3 milhões, noticiou o BeinCrypto.
O hacker chamado de “Operador” explicou que o laboratório estava no lugar errado na hora errada. Segundo transcrições obtidas pela Bloomberg, o invasor estava disposto a negociar:
Meu amigo. Sua equipe precisa entender que isso não é culpa sua. Tudo conectado à internet está vulnerável. Você precisa entender. Para vocês, como uma grande universidade, nosso preço não é nada.
Até parece que o “Operador” se sente mal por suas vítimas. Em um site na dark web, indicado por ele para as negociações com a universidade, ele recusou a oferta de US$ 780 mil e respondeu:
Fique com esses 780 mil e compre McDonald’s para todos os seus funcionários. É uma quantia muito pequena para nós. Sinto muito.
As suspeitas são de que os hackers fazem parte do grupo “Netwalker” e as negociações de ransomware são parecidas com negociações comerciais.
O hacker confirmou que seria possível restaurar os servidores do departamento da universidade. Após alguns dias, os negociadores foram tão “gentis” quanto o Operador:
“Li sobre você na internet e sei que você é um grupo famoso e bem profissional de ransomware. Eu sei que você cumprirá com sua palavra quando concordarmos em um preço, certo?”
O negociador reduziu a quantia para US$ 1,14 milhões, que foram pagos em 116 BTC.
Segundo Moty Cristal, negociador de ransomware: “não há uma semana de paz sem um ciberataque”.