Hacker de FTX despeja Ether (ETH) no mercado; empresa enxerga padrão de lavagem de dinheiro
Após supostamente um hacker invadir a corretora falida FTX e drenar uma grande quantidade de tokens Ether (ETH), empresas de análises OnChain detectam movimento de despejo, e criptoativo recua 5% nesta segunda-feira (21).
Conforme analisado pela Certik, empresa de análise Onchain, depois que o endereço do hacker acumulou cerca de US$ 250 mil em ETH, houve transferência de fundos para o blockchain do Bitcoin.
“Em 20 de novembro, 50k ETH foram transferidos para 0x866E, que trocou ETH por renBTC. Esses ativos foram então vinculados aos seguintes endereços: Bc1qv…gpedg e Bc1qa…n0702”, diz.
A Certik analisa que nesta manhã, as contas relacionadas ao suposto hacker transferiu mais 15k ETH para um endereço (0x8059). Esses fundos foram então trocados para renBTC & WBTC – formas sintéticas de Bitcoin (BTC).
1/ Let's break down the recent FTX Wallet Drainer activity.
The BSC wallet holds ~$1.6m DAI after converting ~44,232 BNB to ~$4m USDC, ~$3.5m USDT and $3.4m Binance Peg ETH.
The assets were then bridged over to ETH and sent back to FTX Accounts Drainer. pic.twitter.com/j3S7BpaHsU
— CertiK Alert (@CertiKAlert) November 21, 2022
No domingo (20), a quantidade de renBTC transacionadas na rede Ethereum bateu a quantidade de 26.889 tokens, recorde histórico, segundo o etherscan.
A maior quantidade de renBTC transacionadas em um dia era anteriormente de 13.784 renBTC, em setembro de 2020.
Foram 215 endereços únicos de envios e 227 endereços únicos recebendo os tokens embrulhados, além de um total de 1.852 transações.
Lavagem de dinheiro no blockchain do Bitcoin (BTC)
A Certik comenta que o padrão é similar a uma técnica de lavagem de dinheiro no blockchain do Bitcoin, chamado de “peel chain”, onde o fim é lavar renBTC.
Peel chain, conforme explica a empresa, é uma técnica para lavar grandes quantidades de criptomoedas por meio de uma série de transações menores.
Nas transações menores de baixo valor, pequenas quantias são tiradas do endereço do criminoso.
Esses fundos retirados por transações menores são transferidos para corretoras criptos, onde podem ser convertidos em moeda fiduciária ou outros criptoativos.
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