Economia

Há sensação de desarranjo fiscal, mas maior fragilidade é capacidade de crescimento, diz Campos Neto

14 dez 2021, 11:53 - atualizado em 14 dez 2021, 11:53
Campos Neto
No evento, o presidente do BC disse que a desancoragem da expectativa de inflação para 2022 está parecida com a observada em 2017, sendo “super importante” o BC atuar e ancorar as expectativas (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira que embora haja questionamentos em relação ao arcabouço fiscal de curto prazo no Brasil, os agentes de mercado apontam que a grande fragilidade está na capacidade de o país crescer a longo prazo.

Em apresentação durante evento promovido pelo TCU (Tribunal de Contas da União), Campos Neto disse que a autoridade monetária tem demonstrado preocupação com o aumento de núcleos da inflação no Brasil, ressaltando que os índices de preços estão claramente descolando, com “elementos de disseminação bastante ampliados”.

No evento, o presidente do BC disse que a desancoragem da expectativa de inflação para 2022 está parecida com a observada em 2017, sendo “super importante” o BC atuar e ancorar as expectativas.

Segundo ele, os agentes de mercado estão dizendo que o crescimento estrutural do Brasil está mais baixo do que o previsto anteriormente.

“Parte desse prêmio na parte longa da curva está em parte associado a ruídos [fiscais], mas existe questionamento sobre capacidade de o país crescer”, afirmou.

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