‘Há poucas esperanças de dividendos consideráveis’, diz Bradesco BBI sobre ação de commodity
O Bradesco BBI cortou a recomendação da Usiminas (USIM5) de compra para neutra, com preço-alvo de R$ 8,3, potencial de alta de 14% ante o último fechamento.
De acordo com os analistas Thiago Lofiego e Renato Chanes, os desafios de curto prazo aumentaram. A dupla projeta queda dos preços do aço, enquanto os custos de produção devem piorar.
“Além disso, a alocação de capital é uma preocupação – falta visibilidade sobre o cronograma e o tamanho de novos projetos (mineração, reformas adicionais do alto-forno e investimento ambiental) e poucas esperanças de dividendos consideráveis no curto/médio prazo aumentam a pressão sobre as ações”, arguementam.
As estimativas para o Bradesco BBI são de um Ebitda, que mede o resultado operacional, de R$ 2,5 bilhões e R$ 3,4 bilhões para 2023 e 2024, respectivamente, 13% e 8% abaixo do consenso de mercado.
Ainda segundo os cálculos dos analistas, a ação é negociada a 4,3x o múltiplo EV/Ebitda (valor da firma sobre Ebitda) em 2023.
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Dólar é um problema para Usiminas
A queda do dólar, que acumula tombo de 10% no ano, é mais uma notícia ruim para a Usiminas, dizem os analistas.
Eles observam que se o real se valorizar ainda mais a R$ 4,50, por exemplo, o Ebitda da Usiminas de 2023 e 2024 ficaria em R$ 2,3 e 2,8 bilhões (até 17% abaixo das estimativas atuais), com uma pressão adicional sobre os preços domésticos do aço (queda de 15% até 2023) e resultados de minério de ferro.
Atualmente, o cenário do Bradesco BBI é de um dólar a R$ 4,90.