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Há motivos “convincentes” para apostar na Petrobras, diz BB Investimentos

30 mar 2020, 13:39 - atualizado em 30 mar 2020, 13:39
Petrobras
Longo prazo: para BB, valor da Petrobras está no aumento futuro da produção (Imagem: Agência Petrobras/Geraldo Falcão)

O BB Investimentos saiu bem impressionado da teleconferência que a Petrobras (PETR3; PETR4) promoveu com analistas e investidores na semana passada.

Tanto, que publicou relatório, nesta segunda-feira, classificando como outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) as ONs e as PNs.

Em relatório assinado por Daniel Cobucci, a gestora do Banco do Brasil estabeleceu o preço-alvo de R$ 23,50 para as duas classes de ações.

Antes, havia valores distintos, mas Cobucci argumenta que o spread entre ONs e PNs praticamente não existe mais e até se inverteu nos últimos tempos, com as ordinárias negociadas com desconto em relação às preferenciais.

Segundo o analista, o prêmio pago pelas PNs reflete a expectativa do mercado de receber dividendos mais altos por bastante tempo.

Mas, o cenário atual, com um duplo choque no setor petrolífero, empurrou a expectativa de mais dividendos para 2024, em vez de 2021, como estimava inicialmente o BB Investimentos.

Bons motivos

O relatório enxerga motivos “convincentes” para apostar na petrolífera. Entre eles, o aumento de produção previsto para os próximos anos, o breakeven médio de US$ 25 por barril de óleo equivalente (boe) e de US$ 21/boe para o pré-sal, o foco no corte de custos e a queda dos custos de extração.

Além disso, a dívida da estatal está menor, o que torna sua posição “mais robusta” para enfrentar a crise atual. O BB acrescenta que o múltiplo valor da empresa/ebitda (VE/Ebitda), que fechou 2019 bem abaixo de sua média histórica (3,7 vezes, contra 6,1 vezes), voltará a subir neste ano.

De um lado, o analista antevê uma queda de 36% no ebitda, causada pelos preços mais baixos do petróleo no mercado mundial. Parte do recuo na cotação deve ser compensada pela variação cambial. Feitas as contas, Cobucci projeta um múltiplo de 5,9 vezes para a empresa neste ano.

“Este é o múltiplo que os investidores devem considerar”, afirma o relatório. “Ele implica, em nossa visão, que as ações já estão precificadas considerando uma queda forte nas receitas e na geração de caixa, e que não exista um desconto tão significativo como indica uma análise superficial do múltiplo”.

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