Guide vê impacto positivo para ações do Pão de Açúcar, já a XP é mais pé no chão
O anúncio de separação de negócios entre a rede de supermercados Assaí e seu controlador o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) caiu nas graças dos investidores e as ações do chefão performam uma alta expressiva no pregão desta quinta-feira (10).
O conselho de administração do Pão de Açúcar ousou em registrar seu atacarejo Assaí tanto na B3 (B3SA3), dona da bolsa braslierira, quanto em realizar IPO em Nova York.
O vice-presidente do GPA, Ronaldo Iabrudi, aposta que a cisão poderá proporcionar à ambas empresas, maior acesso a financiamentos bancários, visto que cada companhia passará a seguir sua estratégia independente de crescimento.
O analista de research da Guide Investimentos, Luiz Sales, considera o cenário de cisão positivo, já que permitirá às companhias de seguirem uma estratégia independente de crescimento. “A atuação do Assaí deve ter estratégias mais focadas, com equipes próprias”, explica Sales que concorda com a visão do vice-presidente do GPA.
Já a equipe da XP Investimentos tem uma leitura mais pé no chão. “Reconhecemos o potencial valor a ser destravado pela separação dos negócios – que poderia evidenciar o valor não reconhecido na operação de varejo. Entretanto, a separação dos dois negócios poderia potencialmente gerar ineficiências, como redundância da estrutura administrativa e a nossa visão é pouco provável que o mercado atribua um múltiplo igual ao atual ou maior para a operação”.
Portanto, a corretora mantém recomendação neutra para as ações do Pão de Açúcar, com preço-alvo a R$ 70 ao final de 2020.