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Guide projeta Ibovespa a 100 mil pontos no final de 2018

19 set 2017, 14:28 - atualizado em 05 nov 2017, 13:55

A Guide Investimentos avalia que o Ibovespa pode chegar a 100 mil pontos no final de 2018, mostra um relatório enviado a clientes nesta terça-feira (19) e assinado pelo economista Ignacio Crespo. Segundo ele, o risco político menor e o crescimento da economia, ao lado de um cenário externo favorável, sustentam a projeção.

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A corretora ressalta que, além da revisão para o crescimento do PIB de 2017 e 2018, o desempenho das empresas tem seguido a mesma tendência.

“Considerando as empresas do Ibovespa, o mercado espera hoje um crescimento dos lucros de 12% para 2018, em relação àquilo que se espera para o fechamento de 2017. O importante é que desde o “choque-JBS”, em maio deste ano, este número tem melhorado. E, a depender das projeções de PIB, pode ir rumo aos 20% — melhora nada desprezível”, ressalta Crespo.

Projeções

Desta forma, a Guide defende que o atual nível em torno dos 75 mil pontos parece “justo”, mas que há motivos para ser otimista.

“Num cenário mais otimista, acreditamos que há potencial para que o Ibovespa vá rumo aos 82-84 mil pontos até o final do ano (próximos 3 ou 4 meses). Mais: até o final de 2018, mantidas as premissas otimistas, o Ibovespa tem potencial de ir rumo aos 100 mil pontos”, avalia Crespo.

Ele projeta que, num momento de Selic em queda, e considerando que o Ibovespa pode ir para 100 mil pontos caso este cenário positivo se concretize, “temos em pouco mais de 14 meses um retorno esperado de aproximados 30%, ou um pouco mais. A medida que a Selic se aproxima de 7,00%, é um retorno que se torna ainda mais interessante…”, pontua.

Ademais, a Guide espera um aumento de exposição de agentes que até agora tem mantido uma posição “conversadora”. “Esta ‘migração’ para uma carteira com maior exposição a risco (bolsa) pode ser o caso de instituições como os fundos de pensão, e já tem sido observada nas carteiras de vários fundos multimercados”, explica.

Riscos

No lado dos riscos, a Guide chama a atenção para o fato de que a deterioração fiscal segue sendo uma preocupação e que as reformas precisam avançar para que o cenário otimista se concretize. Além disso, o cenário externo favorável para países emergentes é fundamental. Segundo os cálculos da corretora, 80% da queda da percepção de risco-país dos últimos meses se deve à melhora do ambiente internacional.