Guerra em Israel: Petróleo acima de US$ 100 deve respingar na gasolina e etanol, diz analista
O último sábado ficou marcado pelo início de um conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas, que já provocou mais de 1200 mortes na região e segue como o foco das preocupações geopolíticas.
O avanço dos combatentes do Hamas nas cidades israelenses no sábado foi a incursão mais mortal desde os ataques do Egito e da Síria na guerra do Yom Kippur, há 50 anos, e ameaça iniciar outra conflagração no conflito interminável.
Nesta segunda-feira (9), os mercados globais voltam a suas atenções sobre os reflexos do confronto nos preços internacionais, com destaque para o petróleo.
“Nosso inimigo pagará um preço que jamais conheceu”, disse o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. “Estamos em uma guerra e vamos vencê-la.”
Os efeitos da Guerra em Israel no petróleo
Para Mauricio Mucuri, analista de açúcar e etanol da consultoria Safras & Mercado, o conflito entre Israel e Hamas deve provocar um movimento de alta nos preços do petróleo no mercado internacional.
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“Esse avanço do petróleo vai cair sobre a gasolina e o etanol hidratado, que terá um espaço para elevar os seus preços, sem perder aquela janela de oportunidade que já existe frente a gasolina em alguns estados (São Paulo, Minas, Mato Grosso do Sul e Goiás) desde junho”, explica.
Dessa forma, na visão do analista, a convocação de 300 mil reservistas por Israel deve implicar em uma invasão ao Líbano.
“Se Israel invadir o Líbano ou qualquer outro país que estão ao lado do Hamas, a volatilidade que temos agora será ainda maior, nos padrões da Guerra na Ucrânia, bem acima dos US$ 100 pelo barril do brent”, ressalta.