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Guerra de streaming: concorrência impacta empresas, mas beneficia clientes; entenda

31 maio 2022, 16:20 - atualizado em 28 jun 2022, 9:41
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A guerra de streamings gera desafios às empresas, mas beneficia os clientes (Imagem: Unsplash/Nicolas J Leclercq)

Se o objetivo da Netflix era competir com as milhares de salas de cinema ao redor do mundo com o streaming (e até as emissoras de televisão), ela conseguiu. A gigante teve uma década de crescimento e mudou a forma como a população global conhecia o consumo de filmes e séries.

Entretanto, no primeiro trimestre de 2022, a marca viu sua primeira queda em anos: mais de 200 mil usuários deixaram o aplicativo. E os números podem ser ainda mais expressivos: em abril, a Netflix contou que sua expectativa era perder 2 milhões de inscritos até julho.

A notícia levou a empresa a perder U$ 30 bilhões em valor de mercado e as ações caíram 25%.

Mas o que causou tamanha queda? 

É claro que não podemos deixar de lado a guerra na Ucrânia e a consequente retirada da Netflix da Rússia, ou mesmo o fim da pandemia e do isolamento social, mas é nítido que, em seu caminho para o sucesso, a plataforma acabou inspirando outras produtoras de filmes e emissoras de TV a entrarem para o universo do streaming.

A alta oferta de mercado causou uma verdadeira batalha entre as grandes marcas, na qual a disputa agora não é apenas por novos inscritos, mas pela retenção dos usuários já existentes.

Outro fator que é influenciado pela forte concorrência e altera a taxa de assinaturas é o compartilhamento de senhas entre os usuários.

Uma pessoa que possui uma conta na Amazon Prime Video pode “pedir a senha emprestada” a um conhecido que pague outro serviço de streaming, como a Disney+ ou a HBO Max. Assim, é possível acessar os conteúdos de diversas marcas pagando apenas uma.

Se antes, o compartilhamento de senhas era um problema, hoje, é o maior desafio das empresas. E ainda não há uma fórmula correta para vencê-lo.

O que as plataformas de streaming estão fazendo?

Para driblar a concorrência e conquistar a fidelidade dos clientes, as plataformas estão tendo que quebrar a cabeça e inovar constantemente, seja nos conteúdos oferecidos, na estética de seus aplicativos ou no preço de suas assinaturas. O problema é que, enquanto as empresas gastam milhões nas atualizações de seus catálogos, os lucros não acompanham tais investimentos.

Os mais beneficiados nisso tudo são os próprios consumidores, que se deparam com a quantidade e qualidade dos filmes como nunca se viu antes.

Com o senso crítico cada vez mais refinado e as devidas exigências da população, fica a dúvida de como será o futuro dos serviços de streaming.

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