Guerra de streaming: concorrência impacta empresas, mas beneficia clientes; entenda
Se o objetivo da Netflix era competir com as milhares de salas de cinema ao redor do mundo com o streaming (e até as emissoras de televisão), ela conseguiu. A gigante teve uma década de crescimento e mudou a forma como a população global conhecia o consumo de filmes e séries.
Entretanto, no primeiro trimestre de 2022, a marca viu sua primeira queda em anos: mais de 200 mil usuários deixaram o aplicativo. E os números podem ser ainda mais expressivos: em abril, a Netflix contou que sua expectativa era perder 2 milhões de inscritos até julho.
A notícia levou a empresa a perder U$ 30 bilhões em valor de mercado e as ações caíram 25%.
Mas o que causou tamanha queda?
É claro que não podemos deixar de lado a guerra na Ucrânia e a consequente retirada da Netflix da Rússia, ou mesmo o fim da pandemia e do isolamento social, mas é nítido que, em seu caminho para o sucesso, a plataforma acabou inspirando outras produtoras de filmes e emissoras de TV a entrarem para o universo do streaming.
A alta oferta de mercado causou uma verdadeira batalha entre as grandes marcas, na qual a disputa agora não é apenas por novos inscritos, mas pela retenção dos usuários já existentes.
Outro fator que é influenciado pela forte concorrência e altera a taxa de assinaturas é o compartilhamento de senhas entre os usuários.
Uma pessoa que possui uma conta na Amazon Prime Video pode “pedir a senha emprestada” a um conhecido que pague outro serviço de streaming, como a Disney+ ou a HBO Max. Assim, é possível acessar os conteúdos de diversas marcas pagando apenas uma.
Se antes, o compartilhamento de senhas era um problema, hoje, é o maior desafio das empresas. E ainda não há uma fórmula correta para vencê-lo.
O que as plataformas de streaming estão fazendo?
Para driblar a concorrência e conquistar a fidelidade dos clientes, as plataformas estão tendo que quebrar a cabeça e inovar constantemente, seja nos conteúdos oferecidos, na estética de seus aplicativos ou no preço de suas assinaturas. O problema é que, enquanto as empresas gastam milhões nas atualizações de seus catálogos, os lucros não acompanham tais investimentos.
Os mais beneficiados nisso tudo são os próprios consumidores, que se deparam com a quantidade e qualidade dos filmes como nunca se viu antes.
Com o senso crítico cada vez mais refinado e as devidas exigências da população, fica a dúvida de como será o futuro dos serviços de streaming.
Receba as principais notícias de Marketing
Cadastre-se gratuitamente na newsletter de Marketing do Money Times e receba, todo sábado, uma seleção com as principais notícias do setor. Fique por dentro das marcas, ações de marketing e campanhas que se destacaram, bem como o que pode acontecer nos próximos dias. Clique aqui para se cadastrar.