Guerra da Ucrânia: Rússia vai instalar armas nucleares táticas em Belarus
O presidente russo Vladimir Putin disse que irá implantar “armas nucleares táticas” em Belarus já no próximo mês.
A ação russa preocupa autoridades ocidentais, já que Kiev, a capital ucraniana, ficaria a uma distância de apenas 150 km da fronteira com Belarus, um país governado por um aliado de Putin, o autocrata Alexander Lukaschenko.
A Rússia espera antes concluir a instalação de plataformas especiais em Belarus, onde as ogivas seriam guardadas. Segundo Putin, os preparativos logísticos e de infraestrutura estariam prontos entre os dias 7 e 8 de julho.
“Tudo está indo de acordo com o planejado”, disse Putin ao presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, discutindo a planejada implantação nuclear durante uma refeição no retiro de verão do líder russo no resort de Sochi, no Mar Negro.*
A implantação de armas no país vizinho já vinha sendo formulada desde março. Na oportunidade, Putin diz que a ação visaria um contraponto a implantação de armas nucleares táticas pelos Estados Unidos em vários países europeus ao longo de muitas décadas.
Caso ocorra, esta seria a primeira movimentação internacional de ogivas por Moscou desde a queda da União Soviética, em 1991.
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Rússia e Ucrânia aumentam intensidade do conflito
Enquanto o conflito se arrasta para o seu décimo sexto mês de existência, novas frentes de combate se desenrolam no território ucraniano.
Na cidade de Kherson, no sul do país, um bombardeio russo atingiu prédios, ferindo 9 civis. Em um comunicado no Telegram, o Ministério do Interior da Ucrânia informou que o bombardeio começou “precisamente durante a evacuação de cidadãos cujas casas foram inundadas”.
Enquanto isso, a Ucrânia tenta impor a sua contraofensiva que vinha a mais de dois meses sendo preparada pelas forças armadas.
Paralelamente, continua causando preocupação da comunidade internacional a destruição parcial de uma barragem que abastece a usina de Zaporizhzhia. A água do reservatório de Kakhovka é essencial para o resfriamento dos reatores da planta nuclear que é ocupada pela Rússia desde o início da guerra.
Além do risco de um superaquecimento da planta nuclear, o que poderia desencadear uma tragédia nuclear do estilo de Chernobyl, o dano no reservatório causou a inundação de cidades ao sul do país. O incidente pode também ter interrompido o acesso à água potável no norte da Criméia.
Rússia e Ucrânia trocam acusações há mais de um ano pelo bombardeio e por ameaças à segurança da usina de Zaporizhzhia. Cada lado também culpou o outro pelo rompimento da barragem de Kakhovka.
*Com informações da Reuters