Giro do Mercado

Guerra comercial segue com nova retaliação da China aos EUA

11 abr 2025, 14:22 - atualizado em 11 abr 2025, 14:22

A guerra comercial entre China e Estados Unidos ganhou novos contornos nesta sexta-feira (11), com outra retaliação chinesa às tarifas de 145% impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump. Agora, os produtos americanos que entrarem na China, serão taxados em 125%.

Em relação aos outros países, os EUA mantém a tarifa mínima de 10% enquanto os governos negociam acordos por 90 dias, contados a partir da última quarta-feira (11). Os mercados oscilaram durante a semana, inclinados para um desempenho levemente positivo nesta sexta.

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No cenário doméstico, o Ibovespa (IBOV) tenta firmar alta após a recuperação dos preços do petróleo do mercado internacional, que eleva as ações da Petrobras (PETR3;PETR4). Além disso, o mercado repercute as prévias do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e da inflação.

Para Laís Costa, analista da Empiricus Research, a desaceleração da inflação em março já era esperada. Em entrevista ao Giro do Mercado, a especialista afirmou que o número inferior ao de fevereiro se deve a fatores como o fim do efeito rebote na energia, causado pelo desconto do bônus de Itaipu em janeiro.

“Tivemos uma reaceleração dos alimentos. As coletas de curto prazo já apontavam alta em alguns itens, sobretudo tomate, ovos, leite e café. Em administrados, como combustíveis e energia elétrica, os dados vieram em linha dissipando os efeitos do bônus de Itaipu e do ICMS na gasolina”, afirmou Costa.

A analista ainda cita a inflação do setor de serviços em patamares preocupantes. Mesmo com a desaceleração, a previsão de 7% para pico do IPCA acumulado continua projetada pela Empiricus.

Atividade econômica elevada preocupa

Costa ressaltou que a incerteza sobre uma possível recessão da economia global também não ajuda no controle da inflação. “Mesmo que a inflação continue incomodando, o Banco Central (BC) pode olhar mais para a atividade econômica do que para inflação, dando início a uma possível queda de juros no final deste ano”, disse.

Sobre o crescimento da atividade econômica, a analista destacou que a Empiricus possui uma visão mais positiva que a maior parte das casas, com projeção de que a alta do PIB continue surpreendendo. Se confirmado, o BC terá mais dificuldade para controlar a inflação.

A especialista também comentou sobre as consequências de medidas implementadas pelo governo brasileiro. Para acompanhar o programa na íntegra, acesse o canal do Money Times no YouTube.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
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