Economia

Guedes x Haddad: Equipe do ex-ministro contesta falas do titular da Fazenda sobre déficit

24 maio 2024, 14:24 - atualizado em 24 maio 2024, 14:24
guedes x haddad
Equipe de Guedes rebateu falas de Haddad sobre a herança fiscal deixada pelo último governo. (Imagem: Montagem Money Times)

Fernando Haddad recentemente declarou que o déficit fiscal do governo atual é responsabilidade do anterior, isso porque algumas despesas previstas não estavam na conta. Agora, a equipe do ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, contestou as falas.

Haddad disse na quarta-feira (24) que o Orçamento de 2023 enviado pelo governo de Bolsonaro tinha uma estimativa de um déficit primário de R$ 63 bilhões.

No entanto, a conta não considerava os gastos de R$ 60 bilhões com o Bolsa Família, R$ 90 bilhões com precatórios, R$ 15 bilhões com Previdência Social e R$ 26,9 bilhões em compensações do ICMS a governadores. Com isso, o valor final do déficit, segundo Haddad, seria de R$ 255 bilhões.

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A equipe de Guedes, porém, afirma que a economia teve uma forte reversão dos resultados fiscais entre 2022 e 2023. “O resultado nominal do setor público consolidado piorou em R$ 507,9 bilhões (4,3% do PIB); o resultado primário do setor público consolidado piorou R$ 375,1 bilhões (3,5% do PIB); o ritmo diário de endividamento aumento de R$ 0,7 bilhão/dia para R$ 2,3 bilhão/dia”, diz o documento elaborado pelos aliados do ex-ministro.

Além disso, eles argumentam que a governança fiscal de 2019 a 2022 foi a mesma e que a previsão orçamentária de 2022 era de déficit de R$ 59,4 bilhões e o governo finalizou o ano com saldo positivo de R$ 54,9 bilhões.

Quanto aos precatórios, apontados por Haddad como um dos maiores vilões, o time de Guedes afirma que apenas 1/3 do valor se refere a 2022 e que o restante cabe ao atual governo.

Já sobre o Bolsa Família, o texto em defesa do ex-ministro aponta que os R$ 60 bilhões se referem a uma promessa de campanha feita pelos dois candidatos durante a campanha e não à política pública implementada pela gestão econômica.

*Com informações do Poder 360