Economia

Guedes sobre fim do Renda Brasil: “cartão vermelho não foi para mim”

15 set 2020, 12:46 - atualizado em 15 set 2020, 12:49

O ministro da Economia, Paulo Guedes, se esforçou para se desvincular do fim do Renda Brasil, determinado pelo presidente Jair Bolsonaro nesta manhã de terça-feira (15), após reunião com Guedes.

“Ele levantou o cartão vermelho [para o Renda Brasil]. O cartão vermelho não foi para mim. Vamos esclarecer isso”, disse Guedes, durante a participação em evento organizado pela Telebrasil, associação que representa as operadoras de telecomunicação.

Participando via internet, Guedes atribuiu a decisão de Bolsonaro a supostas distorções de interpretação do Renda Brasil por parte da imprensa. Segundo o ministro, a imprensa teria deturpado a essência do programa, ao dizer que o governo pretendia “tirar dinheiro dos deficientes, dos aposentado e dos pobres para dar aos mais pobres”, nas palavras de Guedes.

“Ilação”

“Isso é uma ilação”, rebateu. “O presidente já disse que não vai tirar o dinheiro do pobre para dar ao paupérrimo”, acrescentou. Para Guedes, o Renda Brasil viria em outro contexto – o de uma desindexação e de desvinculação geral do orçamento da União, com o objetivo de desengessar os recursos.

Referindo-se ao encontro com o presidente nesta manhã, Guedes afirmou que lamentou a interpretação da mídia sobre o programa. Diante das manchetes, o ministro afirmou que foi uma “decisão política” de Bolsonaro. “Ele deixou isso bem claro, com seu linguajar próprio, que é sempre muito forte”, disse.

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