Economia

Guedes pede paciência e reitera que reformas são necessárias para economia reagir

12 ago 2019, 12:06 - atualizado em 12 ago 2019, 12:06
Paulo Guedes
Erros do passado na política econômica e pouco tempo de atuação da equipe atual justificam o pedido de Guedes (Imagem: Reuters/Adriano Machado)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu nesta segunda-feira paciência com a recuperação da economia, chamando atenção para erros de política econômica do passado e argumentando que a atual equipe assumiu há pouco tempo.

“Achando que faziam bem, seguraram os preços da energia elétrica, quebraram o setor elétrico. Depois quebraram o setor de petróleo. Depois quebraram os fundos de pensão. Depois a economia parou. E agora em cinco, seis meses (dizem) ‘o Brasil não está andando, culpa do novo governo'”, disse.

“Ora, senhores, quem governou trinta anos no Brasil –a social democracia– que fez muitas coisas boas, dê um ano ou dois. Dê uma chance de um governo de quatro anos para a liberal democracia.

Não trabalhem contra o Brasil, tenham um pouco de paciência. Saibam esperar a sua vez. Já nós esperamos tantas vezes o revezamento”, prosseguiu ele, em seminário no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Guedes reiterou ainda a necessidade de reformas na economia para a atividade deslanchar.

“É uma sequência de reformas. Não é uma reforma, não são duas, nem três. São muitas reformas”, disse.

Dados divulgados nesta manhã pelo Banco Central sugerem que a economia do Brasil pode ter entrado em recessão técnica depois de ter encerrado o segundo trimestre com contração, ampliando as preocupações sobre as perspectivas para o país.

Na saída do evento, Guedes foi questionado sobre o desempenho do IBC-Br, considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), mas não falou com jornalistas. O indicador teve recuo de 0,13% no segundo trimestre sobre os três meses anteriores.

O evento do STJ debateu a Medida Provisória (MP) da Liberdade Econômica que, editada pelo governo no final de abril, estabelece medidas para reduzir o papel do Estado na criação e gestão de negócios.

Durante sua fala, Guedes afirmou que os três principais pilares da MP são o estabelecimento dos direitos do empreendedorismo, a limitação dos abusos do Estado, de forma a estimular a concorrência privada, e a garantia da segurança jurídica.

A MP está na pauta do plenário da Câmara desta terça-feira. O texto precisa ser aprovado até o fim deste mês para não perder a validade

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