Política

Guedes diz ter assinado medida para fechar representação do FMI no Brasil

15 dez 2021, 19:39 - atualizado em 15 dez 2021, 19:39
Paulo Guedes
O ministro disse que tomou a decisão de dispensar a missão do FMI no Brasil ao argumentar que o grupo vem errando previsões sobre a recuperação econômica do país (Imagem: Flickr/ Edu Andrrade/Ascom/ME)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou nesta quarta-feira ter assinado o fechamento da missão do FMI (Fundo Monetário Internacional) no Brasil, entidade que tem criticado por divergências em projeções econômicas.

Em apresentação no evento “Moderniza Brasil”, na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Guedes fez reclamações sobre a atuação do FMI (Fundo Monetário Internacional) e criticou o atual presidente do conselho do Credit Suisse no Brasil, Ilan Goldfajn, que foi recentemente nomeado diretor do órgão internacional.

O ministro disse que tomou a decisão de dispensar a missão do FMI no Brasil ao argumentar que o grupo vem errando previsões sobre a recuperação econômica do país.

Guedes disse que a missão veio para o Brasil para prever uma queda superior a 9% no Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, o que não se concretizou. “Estamos dispensando, assinei há uma semana, pode passear lá fora”, afirmou.

Em seguida, Guedes explicou em entrevista que já havia assinado o fechamento da missão, que chamou de “residente do FMI no Brasil”. Ele disse que a decisão vale a partir de junho de 2022, mas ponderou que o FMI pode manter o escritório no país se quiser.

De acordo com Guedes, a entidade se instalou no Brasil no passado, quando o país precisava de assistência para controle de Orçamento e câmbio. Para ele, a permanência não é mais necessária.

“Ficaram porque gostam, [tem] feijoada, jogo de futebol, conversa boa… E de vez em quando criticar um pouco e fazer previsão errada”, disse.

O ministro também afirmou que Ilan se ofereceu para ser presidente do Banco Central independente logo no início do governo e que respondeu ao economista que se fosse para ficar um ou dois meses no cargo, não precisaria.

“[Ilan] é um ótimo brasileiro, boa pessoa, tudo isso. Ontem criticou a gente pesado, então estou devolvendo hoje. Já que vamos ter um brasileiro que conhece bastante o Brasil e critica bem a gente no FMI, não precisamos ter mais aqui dentro”, afirmou.

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