Economia

Guedes diz que custo da guerra contra o vírus não pode ser empurrado para gerações seguintes

10 fev 2021, 14:09 - atualizado em 10 fev 2021, 14:09
Ministro da Economia, Paulo Guedes
Os comentários de Guedes vêm em meio a uma pressão crescente no Congresso para que o governo aprove quanto antes o pagamento de novas parcelas de auxílio emergencial a vulneráveis (Imagem: Reuters/Adriano Machado)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira que o país não pode deixar o custo do enfrentamento à crise da pandemia da Covid-19 para as próximas gerações e destacou que tanto o Executivo como o Congresso entendem que precisam atuar com sensibilidade social e responsabilidade fiscal nessa questão.

“Se nós estamos em guerra com o vírus, nós temos que arcar com essa guerra e não simplesmente empurrar irresponsavelmente para as gerações futuras”, disse Guedes em rápida fala a jornalistas na porta do ministério.

“Então esse compromisso de sensibilidade social de um lado e responsabilidade fiscal por outro é justamente a marca de um Congresso reformista, de um presidente determinado e das lideranças políticas construtivas que nós temos hoje no Brasil.”

Guedes ressaltou que os novos presidentes da Câmara e do Senado deputado Arthur Lira (PP-AL) e senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) já disseram “claramente” que a crise tem que ser enfrentada com responsabilidade fiscal.

Os comentários de Guedes vêm em meio a uma pressão crescente no Congresso para que o governo aprove quanto antes o pagamento de novas parcelas de auxílio emergencial a vulneráveis, ainda que a um valor menor do que os 600 reais pagos no ano passado.

O Ministério da Economia estuda o pagamento de três parcelas mensais de 200 reais a pessoas que não sejam beneficiadas pelo Bolsa Família, mas quer que a despesa seja compensada por alguma medida de ajuste fiscal.

Na segunda-feira, Pacheco disse que a adoção do auxílio não pode ser condicionada à votação de propostas que compõem o chamado “protocolo fiscal” do governo e falou em uma reação “mais imediata” por parte do governo.

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