Mercados

Guedes assume papel de Bolsonaro e irá articular Nova Previdência

28 mar 2019, 14:11 - atualizado em 28 mar 2019, 14:11
Paulo Guedes esteve reunido com Rodrigo Maia nesta quinta-feira  (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Por Investing.com

O ministro da Economia Paulo Guedes vai assumir a coordenação da articulação política para a aprovação da reforma da Previdência no Congresso, segundo o site do jornal Valor Econômico. Guedes tem uma boa relação com o presidente da Câmara Rodrigo Maia, que protagonizou troca de farpas com o presidente Jair Bolsonaro na última semana.

O presidente do mercado é Paulo Guedes

Inclusive, foi Maia quem alertou o ministro sobre o ambiente oposicionista na audiência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que Guedes participaria, mas acabou cancelando de última hora.

O Valor também informa que Guedes não pretende deixar o cargo ante as dificuldades políticas, que não têm a ver com divergências ideológicas. As dificuldades estão relacionadas a poder, cargos e liberação de dinheiro das emendas parlamentares.

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Bolsonaro e Maia

Um dia após a troca de farpas entre o presidente e o deputado, Bolsonaro afirmou que as divergências são “página virada” e que “foi uma chuva de verão”, ressaltando novamente que não tem problema com Maia. O presidente também se reuniu, na quinta-feira, com o presidente do Senado Davi Alcolumbre.

Ontem, Bolsonaro disse em entrevista à TV Bandeirantes que Maia estaria “abalado” por questões pessoais, referindo-se à prisão do ex-ministro Moreira Franco, sogro de Maia. O deputado revidou afirmando que Bolsonaro “estava brincando de ser presidente”.

Mercado

O apaziguamento político influencia o bom humor do Ibovespa na sessão de hoje, seguindo a diminuição de aversão ao risco no exterior. O principal índice acionário brasileiro opera com alta de 2,45% a 94.151,03 pontos.

dólar é negociado a R$ 3,9497, baixa de 1,09%. No início do dia, a moeda americana chegou a ser cotada a R$ 4,00, porém recuou com a intervenção do Banco Central, que disponibilizou um leilão de linha de US$ 1 bilhão.