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Guararapes (GUAR3): Por que as ações da dona da Riachuelo despencam 11% nesta quarta?

11 jan 2023, 15:34 - atualizado em 11 jan 2023, 15:34
Riachuelo Guararapes
Ações da Guararapes despencam após anúncio de fechamento de fábrica (Imagem: Riachuelo/Divulgação)

As ações da Guararapes (GUAR4) despencavam 11,53%, a R$ 5,37, por volta das 14h30 desta quarta-feira (11). A queda dos papéis da dona da Riachuelo sucede o anúncio sobre o encerramento das operações da fábrica de Fortaleza (CE), centralizando a produção em Natal (RN).

Segundo a companhia, a decisão foi feita com foco em “otimizar a operação fabril, intensificando a reatividade, eficiência e competitividade, aliado a um crescimento sustentável”.

Além disso, a empresa afirma que o fechamento da fábrica não deve alterar seu modelo de negócios.

A Guararapes, que tem o empresário Flávio Rocha como presidente do conselho de administração, atualmente tem apenas as fábricas na capital cearense e em Natal. A unidade de Fortaleza responde por 10% da força de trabalho da companhia.

Curto prazo desafiador para Guararapes

Os analistas do Bradesco BBI afirmam que a execução da Guararapes é historicamente marcada por altos e baixos, ficando atrás da Renner, seu par mais próximo, em vendas e margens brutas.

Eles ressaltam que a dependência excessiva da companhia em serviços financeiros — quase 40% do Ebitda histórico — pode parecer um passivo no atual ambiente avesso ao risco, ainda mais se a qualidade dos ativos se deteriorar, afirmam.

Para 2023, o foco da Guararapes é enxugar gastos para aumentar a lucratividade, a fim de lidar com as “pesadas despesas” de juros de seu balanço alavancado.

Os analistas destacam que, apesar de uma potencial margem líquida de 1,4% para este ano, o que implicaria um elevado preço/lucro (P/L) de 22,2x, o múltiplo preço/valor patrimonial (P/VPA) fornece proteção para um risco de queda forte.

A corretora espera expansão da área de vendas da Guararapes em 2023, focada em formatos de menor porte — como Carters e Casa Riachuelo. Já o negócio de serviços financeiros deve se recuperar, e gerar um “resultado consolidado significativo”, quando combinado com controles de despesas.

Além disso, os analistas esperam um foco mais forte na proteção de caixa, dada altas incertezas.

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