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Grupos educacionais devem “sacrificar capital de giro” para evitar o pior, diz BTG

20 abr 2020, 18:43 - atualizado em 20 abr 2020, 18:43
Controle de danos: para o BTG Pactual, universidades correm risco de viver uma explosão da evasão escolar (Arquivo/Agência Brasil)

Os grupos educacionais que atuam no ensino superior listados na Bolsa não terão outra saída, a não ser “sacrificar capital de giro” nestes tempos de pandemia de coronavírus. A avaliação é do BTG Pactual (BPAC11), em relatório assinado por Samuel Alves e Yan Cesquim.

Segundo o banco, esta é a única saída, pelo menos, no curto prazo, para evitar uma escalada da evasão escolar – o que comprometeria as receitas futuras e, portanto, a geração de valor para os acionistas.

O BTG lembra do salto de 10 pontos percentuais na inadimplência dos alunos na primeira quinzena de abril, em relação ao mesmo período de 2019, batendo em 25,5%. A evasão (abandono do curso e, portanto, cancelamento de matrículas) também subiu de 3,8% para 4,3% na mesma comparação.

O cenário se agrava, de acordo com o relatório, com as perspectivas de aumento do desemprego e a queda da renda, dois dos principais efeitos econômicos do coronavírus.

O único consolo, diz o banco, é que as ações de grupos educacionais estão fortemente subavaliadas. A Cogna (COGN3), sua favorita no setor, é negociada atualmente a 0,5 vez a relação P/VC (preço/valor contábil).