Grupos de hackers russos intensificam espionagem sobre aliados da Ucrânia, diz Microsoft
Hackers do governo russo realizaram recentemente várias operações de espionagem visando países aliados da Ucrânia desde a invasão do país por Moscou em fevereiro, disse a Microsoft em relatório nesta quarta-feira.
“Os aspectos digitais da guerra atual se estendem muito além da Ucrânia e refletem a natureza única do ciberespaço”, disse o presidente da Microsoft, Brad Smith, no relatório.
Os pesquisadores já haviam rastreado uma série de ataques digitais destrutivos a entidades ucranianas realizados por grupos apoiados pela Rússia desde o início do conflito. Eles descobriram agora que 128 organizações em 42 países também foram alvos dos mesmos grupos em ataques focados em espionagem, de acordo com o relatório.
Muitos desses recentes ataques foram direcionados aos Estados Unidos, escreveram pesquisadores da Microsoft, mas vários países membros da Otan – que forneceu apoio à Ucrânia em meio ao conflito – também foram atingidos.
Isso inclui organizações sediadas na Polônia, Letônia, Lituânia, Dinamarca e Noruega, bem como na Finlândia e na Suécia, que manifestaram desejo de ingressar na aliança da Otan nos últimos meses.
“O alvo parecia ser principalmente governos, embora também tenha incluído centros de discussões, grupos humanitários e fornecedores de infraestrutura essencial”, segundo o relatório.
A embaixada russa em Washington não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
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