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Grupo tenta invadir fazenda da família da senadora Tereza Cristina; MST nega envolvimento

01 maio 2023, 10:32 - atualizado em 01 maio 2023, 10:32
Tereza Cristina
Por meio de nota, o MST afirmou que não teve nenhum envolvimento com o caso e criticou a instalação da CPI (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Um grupo de invasores sem-terra tentou invadir a fazenda da ex-ministra da Agricultura e senadora Tereza Cristina (PP-MS) na madrugada deste domingo (30). A propriedade está localizada em Terenos (MS).

Por meio de seu Twitter, a senadora comunicou que os invasores foram retirados de forma pacífica na manhã desta segunda-feira (01), após intervenção da Polícia Militar.

Por meio de nota, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) afirmou que não teve nenhum envolvimento com o caso e criticou a instalação da CPI que busca investigar as ações do MST.

Confira o pronunciamento do MST na íntegra:

O MST em Mato Grosso do Sul vem, por meio desta nota, afirmar que não realizou ocupação em áreas ligadas à senadora Tereza Cristina (PP), em Terenos, MS. Ainda que seja figura proeminente do agronegócio e tenha em seu histórico a condução do Ministério da Agricultura durante o governo Bolsonaro, o MST não organizou nem apoiou nenhuma ação em latifúndios da senadora.

Na Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária deste ano, conhecida como Abril Vermelho, realizamos uma série de atividades com nossas famílias acampadas, sendo que, nenhuma delas foi ocupação de terra. No último período, aprofundamos nossas ações de solidariedade, principalmente, com indígenas. A partir dos nossos cinco acampamentos e diversos assentamentos no estado, doamos centenas de quilos de alimentos saudáveis, além de sementes agroecológicas para diversas comunidades indígenas. Compreendemos que a luta de indígenas e Sem Terra é a mesma no Mato Grosso do Sul, pois a concentração de terras pelas elites agrárias atinge a ambos.

Repudiamos a tentativa de vincular a luta do MST à ação ocorrida na propriedade ligada à senadora. Em um momento de avanço da criminalização contra o MST, através, por exemplo, da instalação de uma CPI ilegal contra nós, tais vinculações só servem para incitar a sociedade contra a luta legítima do Movimento. É esta luta que nos permitiu, durante a pandemia, doar mais de 8,5 mil toneladas de alimentos saudáveis à população mais carente.

Seguiremos em nossa luta histórica em defesa da Reforma Agrária Popular, da produção de alimentos saudáveis, da luta contra o latifúndio e da reconstrução do país.

Direção Estadual do MST no Mato Grosso do Sul

Campo Grande, MS, 30 de abril de 2023

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