Grupo Soma (SOMA3): É hora de comprar? Analistas veem oportunidade e alta potencial de 60%
O Grupo Soma (SOMA3) reportou números operacionais fortes referentes ao quarto trimestre de 2021, beneficiando-se da demanda reprimida durante os trimestres anteriores da pandemia, afirmaram BTG Pactual, XP Investimentos e Genial.
Os analistas ainda destacaram que o principal destaque da companhia no período foi o avanço do faturamento, com forte crescimento orgânico em todas as marcas.
O Grupo Soma divulgou na quinta-feira (17) um lucro líquido de R$ 47,4 milhões no último trimestre do ano passado, registrando um salto de 18,9% frente ao mesmo período de 2020.
Diante deste cenário, BTG, Genial e XP reiteraram suas recomendações de compra para Grupo Soma, com preços-alvo de, respectivamente, R$ 17, R$ 20, R$ 21 — o que implica uma potencial alta média de 60%, com base no último fechamento.
Após a divulgação do balanço, por volta das 13h25 desta sexta-feira (18), as ações da companhia subiam 4,20%, cotadas a R$ 12,65.
Destaques do 4T21
Para a XP, o destaque positivo dos resultados acima do consenso do Grupo Soma foi o crescimento orgânico das marcas da companhia, com ênfase à Hering. A marca teve uma receita bruta de R$ 647,6 milhões, a maior da história.
A Genial ainda destaca a reativação da base de clientes inativos do Grupo durante a pandemia, ganhos de market share, sobretudo no atacado, e aquisição da Maria Filó e NV.
Já do lado negativo, a XP destaca a pressão temporária de margem na Hering, impulsionada pela decisão da empresa de reduzir a ruptura por meio da terceirização de produtos acabados, aliada à pressão de custos e provisão de bônus anual da empresa.
No entanto, a empresa destacou que já implementou um aumento de preços no final do quarto trimestre, “o que deve beneficiar as margens a partir do primeiro trimestre de 2022”, afirmam os analistas.
Perspectivas para o Grupo Soma
A Genial vê o Grupo Soma como uma “grande oportunidade de compra em 2022”, pois acredita que a companhia continuará se beneficiando da volta de clientes, bem como do seu posicionamento da marca a categoria de luxo e o “modelo de negócios resiliente, escalável e rentável” diante do momento de incerteza macroeconômica e de alta de juros e inflação.
“Para 2022, o cenário que se desenha para Hering é mais positivo”, completam os analistas. O destaque é explicado pelo fato da companhia já ter repassado a alta dos custos para o consumidor e pela expectativa de que a normalização da produção fabril ocorra a partir do segundo semestre do ano.
Além disso, a companhia divulgou seus números preliminares para 2022. Na análise da XP, os indicativos se mostraram “bastante positivos”, tanto em termos de marcas quanto canais, com vendas acumuladas em janeiro e fevereiro crescendo na casa de 60% na comparação anual.
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