Grupo Soma dribla curto prazo desafiador, e vira ação oásis do varejo

Não é preciso ser um expert para reconhecer o cenário desafiador no curto prazo ao varejo, especialmente quando se fala em lojas físicas. O motivo recorrente não é outro, se não a Covid-19, que provoca novas medidas de restrições em diversas regiões do Brasil.
Dentro do setor, o Grupo Soma (SOMA3) conseguiu apresentar resultados sólidos em 2020, e segundo a XP Investimentos, a varejista de moda deve resistir as previsões sombrias dadas as suas “diversas opcionalidades de geração de valor”.
“Esperarmos ver mais anúncios de fusões e aquisições no curto prazo, tanto no formato tradicional como via o Soma Venture, o que podem ser triggers (impulsos) interessantes da ação“, comentam os analistas Danniela Eiger, Marco Nardini e Thiago Suedt, que assinam o relatório.
O trio da XP revela que o desempenho do Grupo Soma no ano passado foi superior aos concorrentes — como Lojas Renner (LREN3) e C&A (CEAB3) –, conforme a companhia teve crescimento de receita de 15% na comparação anual e salto de 7,6% entre os mesmos intervalos em vendas.
Sobre o anúncio do Soma Ventures, estrutura que permite investimentos em marcas/companhias ainda pequenas, a XP entende o movimento como bastante positivo.
“Abre-se uma nova avenida de crescimento, sem grande comprometimento de caixa inicialmente, mas participando e acelerando o desenvolvimento das marcas. Uma vez que elas atingirem uma escala e maturidade adequada, haverá a possibilidade de conversão de ações dos executivos da companhia para fazerem parte do Grupo Soma”, explica o time de analistas.
O segmento tem muito potencial de crescimento, uma vez que há um crescente movimento em direção à saúde e bem estar, impulsionado pela pandemia.
A ação do Grupo Soma tem a preferência da corretora, que reitera a recomendação de compra, e mantém o preço-alvo de R$ 17 por ação até o final de 2021.