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Grupo Mateus (GMAT3): Receita Federal autua varejista em R$ 1 bi por exclusões de créditos

08 set 2024, 11:19 - atualizado em 08 set 2024, 11:47
Grupo Mateus
"A companhia juntamente com seus assessores avaliará detalhadamente a fundamentação do Auto de Infração e apresentará a devida impugnação no prazo regulamentar", destaca (Imagem: Divulgação)

A Receita Federal autuou o Grupo Mateus (GMAT3), por meio da Armazém, a bandeira de atacado da varejista, em R$ 1 bilhão, sendo R$ 633 milhões em relação ao questionamento da apuração dos cálculos do IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica), R$ 225 milhões em relação aos cálculos da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) e multas administrativas no valor de R$ 200 milhões.

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Segundo o comunicado, enviado ao mercado na noite de sábado, os valores se referem a exclusões de créditos presumidos relativos aos exercícios de 2014 a 2021. Apesar disso, a empresa diz que a Armazém é beneficiária de subvenções concedidas pelos estados.

O Grupo Mateus ressalta ainda que, apesar da divergência da Receita em relação aos cálculos que fundamentam as exclusões dos créditos presumidos de ICMS da base de cálculo do IRPJ e da CSLL com base nas subvenções, tais exclusões da Armazém foram feitas à luz da legislação aplicável.

“A companhia juntamente com seus assessores avaliará detalhadamente a fundamentação do Auto de Infração e apresentará a devida impugnação no prazo regulamentar”, destaca.

Ainda segundo a varejista, na análise preliminar, o tema em questão reúne importantes e bons argumentos em favor da defesa da Armazém. Dessa forma, a empresa classifica a contingência de perda como “possível”, não havendo necessidade de provisionamento.

Por enquanto, o auto de infração está em fase administrativa. Se for o caso, poderá ser discutido também na esfera judicial, diz o Grupo Mateus.

Como estão as finanças do Grupo Mateus?

No segundo trimestre, a empresa lucrou R$ 327 milhões, alta de 11,6%, enquanto a receita ficou em R$ 7,6 bilhões, elevação de 18%.

A Genial avaliou os números como não tão bons em termos operacionais, mas que mostram que a empresa está no caminho certo.

Entre os pontos, os analistas destacam, justamente, uma margem bruta impactada pelo recolhimento do PIS/COFINS sobre a subvenção de investimentos e a margem operacional pressionada pelo alto crescimento de despesas relativas à forte expansão realizada nos últimos 12 meses.

Porém, a corretora lembra que o grupo está em um ciclo diferente do apresentado pelos seus principais concorrentes listados.

Enquanto Carrefour (CRFB3) e o Assaí (ASAI3) caminham na direção de rentabilizar as expansões inorgânicas feita nos últimos dois anos, a varejista regional acelera a sua expansão orgânica pelos estados do Norte e Nordeste.

“Essa estratégia traz um maior crescimento de vendas brutas em relação aos pares em troca de uma menor rentabilidade no curto prazo, dado que as novas lojas e escritórios regionais ainda estão em estágio de maturação”, dizem.

A relação de Dívida Líquida sobre o Ebitda saiu de 1,1x (jun/23) para 1,4x neste trimestre. Vale destacar que o número é bem inferior ao de seus principais pares: Assaí (DL/EBITDA de 4,6x), Carrefour (DL/EBITDA de 3,7x) e GPA (DL/EBITDA de 4,1x).

Veja o documento:

 

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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