Hospital Care Caledonia vai à bolsa para financiar expansão e aquisições
O grupo de saúde Hospital Care Caledonia pediu nesta sexta-feira o registro para oferta inicial de ações (IPO), ilustrando uma revoada de empresas do setor buscando recursos no mercado para financiar planos de crescimento, uma vez que os cuidados médicos ganharam expressão diante da pandemia da Covid-19.
Criado em 2017, com sede em Campinas, o Caledonia usa um conceito integrado que agrega hospitais, clínicas e plano de saúde, sistema que tem crescido nos Estados Unidos e que segundo a empresa permite ganho de eficiência e redução de custos em relação aos processo fragmentado do modelo tradicional. Rivais como Hapvida (HAPV3) e Notre Dame (GNDI3) Intermédica operam de forma semelhante.
O Caledonia tem hoje cinco desses hubs nas cidades paulistas de Campinas, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, além de Florianópolis (SC) e Curitiba (PR), numa rede com 11 hospitais, 1.206 leitos e 24 clínicas e centros médicos, além de duas operadoras de saúde com cerca de 102 mil vidas. Um sexto hub deve ser aberto em Sorocaba (SP).
“Acreditamos que o nosso ciclo virtuoso cria parcerias mais eficientes com as fontes pagadoras, gera retornos eficientes para os nossos acionistas”, afirma a companhia no prospecto preliminar da oferta.
A empresa, que tem entre seus primeiros sócios o fundo de private equity Crescera Capital e os empresários Elie Horn e Julio Bozano, pretende captar recursos para expansão orgânica e para aquisições na operação que será coordenada por Itaú BBA, BTG Pactual (BPAC11), Bank of America e XP Investimentos (XP).
O Abaporu, veículo de investimentos da família de Horn, fundador da Cyrela (CYRE3), e o fundo de private equity Crescera Capital, também vão vender uma participação na empresa.
Na véspera, o grupo hospitalar Mater Dei havia pedido registro para IPO, também com planos de expandir seu negócio.
A Rede D’or (RDOR3)São Luiz fez sua estreia no pregão em dezembro passado.
Na briga para ganhar escala num setor altamente fragmentado, essas empresas vão competir com os grupos já listados como Hapvida e Notre Dame Intermédica, que estão negociando fusão.
Isso sem contar instituições que podem ser rivais indiretas, como as de diagnósticos médicos Fleury, Dasa, Alliar e Hermes Pardini.