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Gripe aviária: Número de animais mortos no Chile cresce 482% no 1° trimestre de 2023

20 mar 2023, 11:22 - atualizado em 20 mar 2023, 11:22
Aves-Agronegócio
(Imagem: REUTERS/Aly Song)

O Serviço Nacional de Pesca e Aquicultura (Sernapesca) do Chile comunicou um aumento considerável nos encalhes de animais marinhos mortos nas costas chilenas durante o primeiro trimestre de 2023, em razão da gripe aviária.

No total, 532 espécimes de leões marinhos, 234 pinguins de Humboldt e 6 lontras-do-mar foram relatados mortos nas costas da macrozona norte, sendo Arica e Parinacota as principais regiões afetadas com 292 leões marinhos mortos, além de Atacama com 139 pinguins de Humboldt mortos. Esse número representa um avanço de 482,4% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado.

“Durante estes três primeiros meses do ano registramos um número histórico de animais marinhos encalhados mortos, correspondendo a 763 exemplares destas três espécies. O número total desses animais encalhados mortos durante um ano inteiro em 2022 foi de 131, e em 2021 havia 120 espécimes mortos no total. Isso mostra que estamos claramente diante de uma situação anômala, que atribuímos ao fenômeno da gripe aviária de alta patogenicidade, até porque os encalhes nestes meses se concentram na Zona Norte”, disse Soledad Tapia, diretora nacional do Sernapesca.

No âmbito da emergência da gripe aviária, o trabalho com outras entidades como as Delegações Presidenciais, Governos Regionais, SAG, Seremías, Municípios e outros foi reforçado no sentido de apoiar um plano de vigilância ativa em toda a costa, com o objetivo de reduzir os riscos de circulação viral da doença, por meio da detecção, testagem e destinação final dos animais acometidos.

A situação epidemiológica da gripe aviária de alta patogenicidade (HPAI) pelo subtipo H5 da linhagem eurasiana continuou a se espalhar. Existem quatro regiões da macrozona norte que têm fauna marinha registrada protegida pela Lei de Pesca e Aquicultura com positividade para influenza aviária, exceto apenas a região de Atacama que não registra casos oficiais positivos amostrados, por enquanto.

Até o momento, foram contabilizados 13 espécimes de animais marinhos confirmados como positivos para HPAI, correspondendo a 1 lontra-do-mar na região de Arica; 8 leões marinhos, 2 na região de Arica, 3 em Tarapacá, 2 em Antofagasta e 1 em Coquimbo; e 4 Pingüins Humboldt, 1 em Tarapacá, 2 em Antofagasta e 1 em Coquimbo. Isso de um total de 183 espécimes que foram amostrados.

O Senarpesca tem dado prioridade ao atendimento dos encalhes de animais com sintomas associados à gripe aviária. Quanto à destinação dos animais mortos, cabe aos respectivos municípios com o apoio do Serviço Nacional de Pesca e Aquicultura para resguardar os protocolos de biossegurança.

O serviço reiterou o apelo enfático às pessoas que se encontram no litoral para que não toquem, mantenham distância e denunciem caso seja detectada na costa uma ave ou animal marinho morto que apresente sinais como: decomposição, tosse, dificuldades respiratórias ou espasmos musculares.

Argentina registra 60 casos da doença

De acordo com informações divulgadas no domingo (19) pelo Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa) da Argentina, foi confirmado um novo caso positivo de gripe aviária (IA) H5 em aves da província de Santa Fé (Colônia Cavour), elevando o total de detecções da doença para 60 em todo o país.

Desta forma, das mais de 300 notificações analisadas pelo Laboratório Senasa, até o momento os casos confirmados são: 49 em aves de quintal, sete no setor comercial e quatro em aves silvestres. Os casos foram detectados nos seguintes locais: 18 em Córdoba, 15 em Buenos Aires, 7 em Neuquén, 7 em Santa Fe, 4 em Río Negro, 2 em San Luis, 2 em Chaco, 2 em La Pampa, 1 em Jujuy, 1 em Santiago del Estero e 1 em Salta.

Na semana passada, o Money Times destacou o avanço da doença na América do Sul, que acende um alerta para as empresas do setor.

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