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Gripe aviária: Embargo para BRF (BRFS3) e JBS (JBSS3), com Sul ameaçado; os riscos, segundo BBA

05 jun 2023, 17:27 - atualizado em 05 jun 2023, 17:27
gripe aviária
Na avaliação do banco, uma das ações deve apresentar um grande impacto com um possível bloqueio nas exportações brasileiras pela gripe aviária (Imagem: Pixabay)

À medida que a gripe aviária avança no Brasil, com o surgimento da doença apenas em aves silvestres por enquanto, surge um temor no mercado para a chegada da enfermidade em granjas comerciais, o que pode impactar a produção de frango.

Dessa forma, o Itaú BBA elencou os possíveis impactos que a doença poderia causar para empresas e regiões produtoras de aves do país.

Chance de embargo para BRF e JBS?

Na avaliação do banco, um possível avanço da doença em estados do Sul do Brasil, que concentram cerca de 64% das exportações do país, poderia resultar em ventos desfavoráveis para BRF (BRFS3) e JBS (JBSS3).

Ainda que haja um risco baixo, uma chegada da doença em fazendas de produção da BRF e da Seara poderia resultar em um excesso de oferta no mercado interno com a paralisação parcial das exportações.

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O risco seria maior para BRF, já que, desde 2022, cerca de 25% das receitas da companhia estão atreladas às exportações brasileiras de frango, enquanto a JBS conta apenas com 8%.

Além disso, a diversificação da empresa do grupo J&F deve mitigar os impactos da empresa, já que unidades dos Estados Unidos, Europa e México poderiam absorver parte do feito negativo do Brasil.

Dessa forma, o BBA tem recomendação de compra para JBS, com preço-alvo de R$ 39 e potencial de alta de 132%, além de neutro para BRF, com preço-alvo de R$ 9 e potencial de alta de 4%.

Produção de aves no Brasil

Até o momento, os casos em aves silvestres foram registrados apenas em Espírito Santo (0,7%), Rio de Janeiro (0%), Rio Grande do Sul (14%) e Minas Gerais (8%), estados que somados respondem por cerca de 23% das exportações brasileiras.

Em um cenário de novos casos da doença, um possível bloqueio das exportações de frango se limitaria a áreas geográficas menores, aponta o BBA.

De forma geral, o maior impacto da gripe aviária ficaria para Santa Catarina (34%), Paraná (15%) e Rio Grande do Sul (14%), que contam com a maior parte da produção e exportação do Brasil.

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