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Gringos voltam a vender ações na B3 e elevam déficit no mês; veja quem compra

15 maio 2023, 15:33 - atualizado em 15 maio 2023, 15:44
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Gringos interrompem quatro dias seguidos de compras de ações brasileiras, mas quem está com apetite na B3 é outro tipo de investidor (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

Os investidores estrangeiros interromperam quatro dias seguidos de ingresso de recursos na B3. Com isso, os gringos voltaram a vender ações brasileiras no mercado secundário (papéis já listados). Aliás, o apetite externo pelo risco nacional já vinha perdendo força, depois de terem colocado “centavos” na bolsa na série mais recente das compras.

Assim, na última quinta-feira (11), os gringos retiraram R$ 160 milhões da bolsa brasileira. Porém, naquele dia, o Ibovespa (IBOV) fechou em alta, recebendo um “empurrãozinho” da Petrobras

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Confira o saldo diário de capital externo no dado parcial de maio:

Data Saldo (em R$ milhões)
02/05/2023 (1.293,70)
03/05/2023 (387,76)
04/05/2023 (527.99)
05/05/2023 156.95
08/05/2023 319.46
09/05/2023 567.18
10/05/2023 66.51
11/05/2023 (160.07)

Gringos vendem, quem compra?

Daí, então, a pergunta que fica é: se os gringos estão vendendo, quem está comprando na bolsa? Dados da B3 compilados pela CM Capital Corretora mostram que são os investidores classificados como “outros” que estão com saldo positivo em maio.

De acordo com a B3, nesse quesito estão as empresas públicas e privadas, entre outras. Segundo a CM Capital, enquanto o fluxo de capital externo neste mês até o último dia 11 está negativo em R$ 1,259 bilhão, a conta desses “outros” é positiva em R$ 1,689 bilhão. 

Ainda no período, o investidor institucional (bancos, hedge funds, fundos de pensão etc.) aportou R$ 561,54 milhões. Já os investidores individuais (pessoa física local) retiraram R$ 999,13 milhões. Confira:

Já em 2023, a conta de capital estrangeiro está positiva em R$ 12,55 bilhões até o último dia 11. No entanto, desse total, cerca de R$ 2,65 bilhões referem-se à oferta inicial de ações (mercado primário), através de um IPO, deixando um saldo líquido de R$ 9,89 bilhões no azul.

Enquanto isso, o investidor institucional sacou R$ 18,05 bilhões no ano até a quinta-feira passada. Por sua vez, a conta do investidor individual no mesmo período também em positiva, mas o superávit encolheu a R$ 3,09 bilhões.